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Hora do Gráfico – VALE5, essa Empresa Vale Mesmo Tanto Assim?

Publicado 22.06.2017, 14:58
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Quando algum amigo meu vem me questionar sobre quais ativos ele deve comprar para começar a operar na bolsa eu quase sempre recomendo dois tipos:

a) Para os conservadores: blue-chips (VALE, PETR, ABEV, ITAU).

B) Para os mais arrojados: small Caps (ALPA, ALUP, BRAP e etc.).

Como nós brasileiros somos conservadores por natureza, a maioria então prefere a segurança de ter as maiores empresas do mercado em sua cesta de ativos porque, vai que...

O problema é que no cenário atual as blue-chips tem acompanhado de perto o índice Bovespa que, diga-se de passagem, não para de cair e já está testando os patamares abaixo dos 60 mil pontos. Também pudera, o beta da Petro é de 2,36 e o da Vale (SA:VALE3) de 1,56 o que as fazem ser quase o próprio mercado.

(Beta: índice que mede a relação entre a variação do retorno de uma ação e um índice de mercado (o Ibovespa no nosso caso).

E já que usamos a Vale de exemplo, gostaria de chamar a atenção para o papel que, apesar da queda, tenho visto diversos analistas e casas recomendando sua compra. O motivo? Não encontrei algo que de fato me desse convicção da recomendação de compra, então a sensação que fica no ar acerca da recomendações deles é... Compre porque já “caiu bastante”!

Então eu resolvi levantar as mangas e fazer eu mesmo a minha análise do ativo. Vamos a ela.

CHINA E VALE, UM CASO DE AMOR.

Como já disse Jesse Livermore, um dos maiores especuladores de bolsa da história, “Nunca compre uma ação porque ela teve uma grande queda desde a última alta”. Vamos entender o porque.

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A VALE5 é, assim como toda ação ligado ao mundo das commodities, uma ação que tem sua flutuação intimamente ligada ao sobe e desce das cotações do minério no mercado internacional. Desta forma temos que ela segue os grandes ciclos econômicos de expansão e retração mundial, os quais tendem também a alimentar a maior ou menor demanda por commodities, respectivamente.

Puxando de memória, foi assim em 2008 com o crash econômico mundial e tem sido assim com a desaceleração do PIB da China que tem jogado os preços do minério de ferro lá pra baixo, dado a percepção mundial de que há mais estoques disponíveis do que a necessidade, presente e futura, da atividade industrial chinesa.

Quadro do PIB chinês:

China PIB anual

Consequentemente a essa desaceleração, temos o gráfico mostra a cotação da commodity, esse nos últimos seis meses:

Minério de Ferro Diário

Mas o que poderia ser um fundo de poço, na verdade pode ser apenas um novo patamar no qual o minério pode se estabelecer (e por que não retrair). Um forte indicador de que a situação chinesa não parece que avançará pode ser extraído do PMI (Índice de atividade dos gerentes de compras) industrial de lá, o que significa que a indústria não vê uma recuperação no curto prazo, lembrando que a marca de 50 pontos é o divisor de águas entre otimismo (acima de 50) e pessimismo (abaixo de 50):

PMI China

O PMI da China ficou durante todo biênio de 2014-15 em declínio, permanecendo durante a maior parte de 2016 abaixo da linha de corte. Nos últimos levantamentos em especial, abordados entre Jan e Jun de 2017 o PMI caiu de 51,9, seu pico, e retraiu para baixo da marca de 50, atingindo 49,6 no final do semestre. Dado então esses dois gráficos acima, como você esperaria ver a cotação da Vale nos últimos anos? Adivinhou... um mega canal de baixa (dá-lhe Dow!!!).

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VALE: Canal baixista

É interessante, porém, observar que ao longo de todos os períodos o papel ensaia algumas ‘escapadas’ do canal (setas azuis), mas tende a ficar dentro das nossas bandas baixistas. Os movimentos sequer conseguiram avançar 10% de upside, o que dentro da teoria de Dow, não chega nem a se tornar uma segunda onda.

Mas tudo mudou durante o ano de 2016.

2016 – UM NOVO CANAL ALTISTA?

Em 2016 a bolsa voltou a subir e como dito no começo deste artigo, com um beta acima de 1, a tendência era de que ações como Petrobrás e Vale subissem igualmente (na verdade até mais). Desse modo, partindo de seu menor patamar (R$ 6,15) no final de janeiro, especulava-se que a ação tivesse entrado na segunda onda de Dow com um movimento altista, e que movimento altista! Ela saiu da cada dos 6,00 e alcançou os 34,00, uma valorização de +460% em pouco mais de 12 meses.

Li em alguns relatórios que após um período de nebulosidade, no começo de 2016 ao invés de entrar na segunda onda, o papel na verdade entrou em uma nova tendência criando um movimento primário. Explico os motivos apontados pelos meus colegas de análise grafista:

1º. As tendências secundárias duram algo como semanas, sendo pouco comum ver um ativo passar de 3 meses de correção. No nosso caso, vimos que a alta da VALE5 (SA:VALE5) durou concretos 390 dias.


2º. Segundas ondas tendem a corrigir de 1/3 a 2/3 (no máximo) de um movimento primário. Já a VALE5 puxou um upside absurdo acima de 400%, o que refuta qualquer especulação para mera correção.

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Deal!!! Contra fatos não há argumentos! Assim como no jiu-jitsu, a bolsa tem uma mesma premissa: “Se você perdeu um movimento, não insista nele”. O que eu quero dizer com isso? Simples... a dica geral da análise grafista é que se você estava confiante em um movimento, porém ele perdeu suas premissas, busque imediatamente identificar um novo movimento, pois insistir no anterior só lhe trará prejuízos.

Então se identificamos que a ação saiu de uma tendência baixista e virou de primeira para uma altista, vamos focar a nossa análise nessa nova posição.

O problema da análise do papel, no entanto, é que a ação da VALE5 durante 2016 subiu de forma bastante irregular e sem formar um canal de fácil identificação. O papel apresentou em alguns pregões alterações bruscas e com diversos gaps, o que afetou negativamente a EMA200, que tomada por uma queda vertiginosa em anos anteriores estava muito “descontada” do preço em tela, dando pouco suporte à minha análise.

Lembro-me a época que para tentar acompanhar a movimentação do ativo eu me utilizei bastante de três indicadores, o MACD, o IFR e o volume. Explico no gráfico abaixo:

VALE5 Diário

- MACD: as linhas MACD (vermelha) e Sinal (azul) ficaram na maior parte do tempo no campo positivo do gráfico (acima dos 0.000), além do histograma que permaneceu abaixo desta mesma linha apenas 3 vezes no ano, sendo apenas uma a mais significativa e já ao final do ano.

Dessa forma, pude extrair a seguinte informação... a força compradora estava dominando o papel durante quase todos os meses do ano, dando alguma sustentação ao movimento altista.

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- IFR: o índice de força relativa, no entanto, tinha um sinal menos altista, onde permaneceu dentro das bordas de 70 – 30 mil pontos ao longo do ano. E o que muitos poderiam entender como um sinal oposto ao MACD ou ainda de fraqueza ao movimento altista, conforme eu interpretava à época, na verdade era uma confirmação ao movimento, porém dando sobriedade à alta.

Explico: se temos um movimento altista acompanhado por muitos indicadores isso é de fato muito bom e dá força à nossa visão de alta. Mas o IFR é um indicador que mostra para que lado a força compradora/vendedora do papel está se mexendo e quando um dos lados imprime muita pressão sobre o outro, o IFR é geralmente o primeiro indicador a “estourar” e mostrar que um dos lados exagerou no otimismo/pessimismo e que a tendência é de reversão.

Já se o índice fica dentro da banda 70-30 (principalmente entre 60-40) isso passa, pelo menos pra mim, que o mercado tem certo consenso sobre o movimento em que o papel está. Então podemos interpretar que mesmo subindo, ambas as posições estavam de acordo com a alta e acreditavam que havia alguma racionalidade na subida.

- Volume: o volume foi o indicador que fechou com chave de ouro o movimento altista. Repare que em dias de alta o volume apresentava grande consistência enquanto que nos dias de queda o volume apresentava movimentação decrescente.

Perfeito! Muito volume na alta e pouco na queda é tudo que um grafista quer ver.

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Dessa forma, tínhamos um movimento altista bem desenhado, como mandam os fundamentos. Pois bem, agora vamos falar do futuro da empresa ou, pelo menos, tentar identificar aonde ela pode parar no curto/médio prazo.

MAIS UMA VEZ DENTRO DAS ONDAS DE DOW.

Tomando por base que a VALE5 entrou em um canal altista, mesmo que entre trancos e barrancos, chegamos ao começo de 2017, quando o papel entrou em uma “lateralização”. Digo lateralização entre aspas porque ela apresentou um formato meio que descendente (a lá trapézio do Bam-Bam).

VALE5 - visão técnica

Mas ainda assim, o papel vem em um canal de correção certeira com seus fundos em linha vermelha pontilhada, já seus topos em uma linha menos regular e mais acentuada. É interessante observar, no entanto que a maioria dos topos se formou em resistências criadas por Midways Gaps que, segundo a teoria, só reforçam o movimento em que estão inseridos... no nosso caso o baixista.

Curioso também observar que na suposta segunda onda de Dow, dentro das bandas de bollinger, o papel não tocou em quase nenhum momento a borda superior, tendo ela uma correção instantânea a cada toque na linha central de bollinger (pontilhado roxo), demonstrando que a força compradora não tem conseguido impor uma pressão de alta no papel, sendo os comprados facilmente vencidos pela força dos vendidos.

Agora no começo de Maio o papel entrou em um canal mais lateralizado da forma como o conhecemos, ou seja mais na horizontal, respeitando dessa vez as bordas superiores e inferiores de Bollinger.

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TÁ, MAS E DAQUI PRA FRENTE?

Do começo de 2017 até agora o papel se desvalorizou aproximadamente 25%, valor aceitável e reconhecidamente aplicável à segunda onda de Dow. Além disso, ele parece ter encontrado uma resistência nos 24,00, onde o ativo tocou 3 vezes e voltou a subir.

Dessa forma, acredito que a VALE5 vai rodar por um tempo seguindo os canais em destaque abaixo (movimentação entre 27,00 na máxima e 24,00 na mínima), podendo gerar boas oportunidades de tradings de curto prazo nessa faixa.

VALE5: Canais em destaque

Vale lembrar, porém, que este papel tem forte ligação com o preço do minério de ferro e com o Ibovespa e, caso algum deles apresente uma rasgada brusca, o papel vai responder em igual proporção.

Entramos ao final de Julho no terceiro mês da segunda onda de Dow, terceiro mês o qual é geralmente apontado como pivô para continuidade do canal principal de alta ou reversão de tendência, puxando novamente o ativo para baixo.

Recorrendo aos meus colegas de mercado, para o longo prazo estima-se que o papel tende a se beneficiar principalmente da retomada da bolsa como um todo (caso ela aconteça é claro) e/ou ainda da retomada da economia brasileira como um todo.

As recomendações de mercado são para um desempenho acima do mercado com recomendação de compra:

Vale com recomendação de compra

 

DISCLAIMER: ISTO É APENAS UM COMENTÁRIO SOBRE ANÁLISE TÉCNICA E NÃO CONSTITUI NENHUMA ESPÉCIE DE ACONSELHAMENTO FINANCEIRO.

 

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