A ausência do referencial das bolsas americanas ontem pesou no volume, porém o mercado local ganhou ímpeto renovado, inclusive na contramão das bolsas europeias, seguindo o exercício de opções e os ganhos em setores quase generalizados, a exceção de bancos.
Outro ponto importante continua a ser a reação dos investidores a ‘parte’ da fala de Guedes, ao dizer que o novo normal são juros baixos e câmbio desvalorizado.
Ao mesmo tempo, o mercado escolheu ignorar a parte onde ele cita que a melhora das condições econômicas e o retorno do investidor estrangeiro pode trazer de volta o dólar para níveis de R$ 4,00.
Neste sentido, a busca por hedge local acaba por se intensificar, até os sinais globais de desvalorização mais intensa do dólar se tornarem mais abundantes, o que não deve acontecer até ao menos meados deste ano.
A semana está vazia de indicadores econômicos no geral, inclusive os ‘irrelevantes’ de curto prazo, daí a abertura para o incremento da volatilidade dos ativos e a atenção ao fórum de Davos, onde Trump deve fazer hoje um ‘anúncio especial’, provavelmente sobre os desenvolvimentos da trégua comercial com a China.
Paulo Guedes também participa do evento e na linha de certa má vontade da imprensa com o governo, se anuncia que o ministro está tentando ‘vender o Brasil’, quando na verdade ele está tentando ‘vender Brasil’.
Apesar da leve diferença semântica, o ministro está tentando demonstrar que o país está novamente viável ao investimento estrangeiro de larga escala, ao demonstrar que o caminho das reformas é sem retorno e a tendência de recuperação econômica está mais firme do que nos últimos anos.
Neste contexto, o estrangeiro tem o Brasil como alvo desde a aprovação da reforma da previdência, pois muitos entendem que a mesa tenderia a dar maior conforto ao congresso para o avanço de novas pautas.
O limitador em nível global para um fluxo mais intenso de capitais sempre foi o desenvolvimento da guerra comercial EUA-China e sua resolução de curto prazo tende a ser um diferencial nisso.
Atenção hoje ao IGP-M Semanal e resultados de Netflix, IBM, UBS, United, Halliburton e Logitec.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, com o avanço do vírus de gripe na China.
Na Ásia, dia negativo, após o downgrade de Hong Kong pela Moody’s.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda, apesar dos problemas na Líbia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,09%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1872 / 0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,117%
Dólar / Yen : ¥ 109,98 / 0,182%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,277%
Dólar Fut. (1 m) : 4193,67 / 0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,08 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,66 % aa (-0,18%)
DI - Janeiro 25: 6,39 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 27: 6,77 % aa (0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3235% / 118.862 pontos
Dow Jones: 0,1722% / 29.348 pontos
Nasdaq: 0,3400% / 9.389 pontos
Nikkei: -0,91% / 23.865 pontos
Hang Seng: -2,81% / 27.985 pontos
ASX 200: -0,19% / 7.066 pontos
ABERTURA
DAX: -0,450% / 13487,91 pontos
CAC 40: -1,079% / 6012,95 pontos
FTSE: -1,196% / 7559,91 pontos
Ibov. Fut.: 0,31% / 119097,00 pontos
S&P Fut.: -0,388% / 3312,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,518% / 9127,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,66% / 79,29 ptos
Petróleo WTI: -1,01% / $57,95
Petróleo Brent:-1,32% / $64,34
Ouro: -0,29% / $1.556,25
Minério de Ferro: 0,27% / $94,81
Soja: -0,43% /$ 925,75
Milho: -0,71% / $386,75
Café: -0,89% / $111,10
Açúcar: -0,07% / $14,43