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Libra Esterlina Deve Sofrer Novamente com Nova Tentativa de Acordo para o Brexit

Publicado 30.01.2019, 06:31
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Um ar de ceticismo paira sobre um possível rali na libra esterlina. Sem dúvida, sua reação à sequência de votos na Câmara dos Comuns, no Reino Unido, na noite de terça-feira — quando a moeda perdeu quase um centavo frente ao dólar e ao euro — precifica de forma mais exata o atual cálculo de probabilidades em torno do Brexit.

GBPUSD Gráfico de 15 minutos

Mas, diante da nova confirmação de um Brexit difícil e sem acordo como única opção na falta de alternativas, considerando ainda o fato de que muitos dos aspectos mais favoráveis à libra esterlina estão descartados, o risco de que a moeda britânica caia ainda mais é bastante grande.

“O resultado mais provável agora é o impasse”, afirmou David Henig, diretor britânico do Centro Europeu de Economia Política Internacional, via Twitter.

Henig disse ainda que, neste momento, não há “praticamente qualquer possibilidade” de que um segundo referendo possa anular o voto de saída de 2016.

Os analistas do Deutsche Bank certamente não hesitaram em abandonar sua recomendação anterior de compra para a libra esterlina, após a primeira votação do acordo proposto pela primeira-ministra Theresa May há duas semanas. Em uma nota para os clientes após a votação de terça-feira, eles escreveram:

“Além de aumentar o risco de um Brexit desastroso, não seria positivo para a confiança econômica, que já está se deteriorando por causa da incerteza política. Por isso, realizamos lucro em nossa recomendação de venda de EUR/GBP feita há duas semanas e ficamos neutros em relação à libra esterlina."

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O momento crucial ocorreu quando os parlamentares rejeitaram a emenda que permitia ao parlamento tentar estender o prazo de 29 de março definido para o Brexit. A emenda previa uma forma de evitar um ‘Brexit sem acordo’. Entretanto, a interpretação foi que ela também abria espaço para um segundo referendo. Sua recusa ocorreu porque não houve apoio suficiente de parlamentares governistas do partido conservador dispostos a desacatar seus líderes, e muitos parlamentares do partido trabalhista também não queriam dar a impressão de que atuavam para derrubar o primeiro referendo.

Outras cinco emendas ao acordo de May também foram rejeitadas. O único ponto de concordância entre os parlamentares foi uma instrução para que May reabrisse as negociações com a UE em relação ao Acordo de Saída que entrará em vigor imediatamente após o Brexit. Como a UE tem repetidamente afirmado que não reabrirá as negociações, será uma tarefa quase impossível, para dizer o mínimo.

A outra única emenda a ser aprovada de fato descartou um Brexit sem acordo. No entanto, ela foi introduzida pela parlamentar conservadora Caroline Spelman de forma não vinculante, não tendo, portanto, qualquer força legal.

Os comprados na libra esterlina e empresas de toda a Europa esperavam que a votação acabasse completamente com o risco de um impasse prejudicial. Não foi o caso, pois a ameaça de um impacto negativo na economia europeia tem sido uma das pouquíssimas cartas na manga do Reino Unido.

Desistir dela neste estágio das negociações não faz sentido, mesmo que seu uso em qualquer cenário concebível seja igualmente imprudente. Não forçar até as últimas consequências não é uma atitude temerária.

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A posição favorável ao Brexit sempre se apoiou na crença de que o peso econômico do Reino Unido forçaria a UE a flexibilizar suas regras. A bem da verdade, existem hoje mais razões para acreditar nisso do que há dois anos, já que a economia da zona do euro está perto da estagnação, sem mencionar a repercussão da guerra comercial entre EUA e China na economia mundial.

Não há certeza quanto à disposição da Alemanha e da França, que tradicionalmente coordenam a política da UE, de arriscar uma recessão pelo bem da paz na ilha da Irlanda. Desde 2008, a UE tem provado muitas vezes sua incapacidade de tomar qualquer decisão com consequências graves e imediatas – exceto quando podem se restringir a pequenos países, como a Grécia, ou a Irlanda.

Mas, em razão da consistência da linha de negociação da UE até o momento, é possível que sua solidariedade seja mantida. A presidência do Conselho da UE, que representa os outros 27 estados-membros, reafirmou imediatamente após a votação que o Acordo de Saída não será reaberto neste estágio avançado.

Por isso, a libra esterlina pode apresentar um desempenho decepcionante, pelo menos por mais algumas semanas enquanto May cumpre com todas as formalidades de pedir o impossível a Bruxelas. Depois disso, apenas duas coisas podem interromper um Hard Brexit: uma mudança de posição de mais de 120 parlamentares rebeldes acerca do acordo original de May ou o uso da moção não vinculante de Spelman por parte da primeira-ministra como desculpa para pedir à UE uma extensão do prazo e – talvez – solicitar ao parlamento um segundo referendo.

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Entretanto, acreditar que qualquer um desses cenários possa favorecer uma alta da libra esterlina agora seria uma aposta ousada.

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