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M&A pelo retrovisor: mesmo sem recordes, 2022 foi robusto em números de transações

Publicado 01.12.2022, 10:44
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O ano de 2022 ainda não terminou, mas faltando pouco menos de um mês para comemorarmos a chegada do ano novo podemos adiantar uma retrospectiva sobre o mercado de M&A no Brasil. Com a realização da Copa do Mundo no Qatar e o período de transição entre o governo atual e o que assumirá o Brasil em 1º de janeiro de 2023, não devemos ter grandes mudanças na tendência de transações de M&A até o final de dezembro. 

Após um ano recorde de transações em 2021 — tanto em número de transações quanto em valores transacionados —, os players do mercado iniciaram o ano de 2022 com a expectativa de mais um ano de números recordes. Porém, alguns acontecimentos globais e no Brasil impactaram o humor do mercado de M&A e o panorama não se consolidou da forma esperada.  

No cenário global, o conflito Rússia x Ucrânia trouxe instabilidade não só nas relações entre países, mas também impactou de forma importante os preços de energia na Europa e no mundo. Adicionalmente, grandes economias começaram a registrar um forte aumento na inflação como consequência do desbalanceamento da cadeia de suprimentos global e crise energética proveniente da Europa. Com o objetivo de controlar o aumento nos preços, Bancos Centrais começaram a escalar as taxas de juros, colocando economias que já não estavam registrando crescimentos robustos em uma rota de potencial recessão. 

LEIA MAIS: Banqueiros centrais ainda mostram preocupação com inflação

No Brasil, o principal evento que trouxe um aumento na cautela no mercado de M&A foi (e ainda vem sendo) o cenário político, que carregou incertezas de qual governo assumiria o país em 2023 e, após essa definição, dúvidas em torno das diretrizes do novo mandato. Apesar de tudo, o Brasil vem destoando do cenário global com uma economia em ascensão, inflação sobre controle e mercado de trabalho atingindo um dos melhores patamares dos últimos anos. 

Com essa conjuntura positiva, 2022 vem se consolidando com números robustos de transações de M&A no Brasil. Segundo pesquisa da Transactional Track Record (TTR), os dez primeiros meses do ano registraram aproximadamente 1.860 transações, uma queda de apenas 14% frente ao mesmo período de 2021.  

Em meu artigo do mês de julho, argumentei que as transações de M&A estavam deixando de lado uma euforia vista em 2021 e que o ano de 2022 seria ‘uma volta à normalidade’. Neste sentido, quando analisamos os valores transacionados até outubro último, notamos que os R$ 390 bilhões transacionados representa uma queda de 32% quando comparado a 2021. Juntando essa informação com o número de deals, podemos concluir que transações de M&A continuam aquecidas no Brasil em um ritmo semelhante ao do ano de 2021. Contudo, importante notar que o valor transacionado por deal diminuiu. Essa queda pode ser explicada por alguns motivos, sendo dois principais: (1) taxas de juros mais elevadas no Brasil e ao redor do mundo pressionam valuations para baixo e diminuem apetite de investidores em apostar em ativos de maior risco e (2) uma diminuição na euforia vista em 2021 que impulsionou valuations para patamares nunca vistos em um momento que havia muita liquidez no mundo e taxas de juros ainda estavam baixas. 

Essa diminuição de valores transacionados por transação foi vista de forma mais evidente em operações de captação de startups e empresas de alto crescimento. Além dos valores aportados terem sido menores do que no ano passado, algumas startups precisaram levantar mais recursos para a continuidade de suas operações a valuations menores do que captações anteriores. 

Em contrapartida, transações envolvendo empresas mais consolidadas e estabelecidas em seus mercados sofreram poucas alterações neste ano. Compradores estratégicos começaram o ano de 2022 capitalizados e continuam a fazer aquisições como mecanismo de crescimento, diversificação, proteção de mercado e expansão geográfica — aproveitando também um momento de mercado no qual os valuations estavam em patamares mais razoáveis do que o ano de 2021. Investidores, como fundos de private equity que estavam captados, continuaram a alocar recursos em empresas sólidas e com boas perspectivas de crescimento. 

Com o cenário global e doméstico descrito acima, podemos concluir que o ano de 2022 ficará na história como um ano robusto de transações de M&A, porém sem registrar números recordes estimados pelo mercado. Além disso, outra expectativa que vem se delineando é a de que o ano de 2022 tem preparado o terreno para que 2023 seja positivo, considerando que a economia brasileira continue nos trilhos e sem nenhuma grande surpresa negativa, principalmente no cenário nacional. A ver.  

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