Atualizado em 2/5. Por um erro de cálculo, a versão anterior considerava o valor mínimo dos papéis em 29/3 e não o valor de fechamento daquele pregão para contabilizar o resultado de abril.
O Ibovespa seguiu em sua toada lateral em abril com um leve avanço de 0,88%, suficiente para garantir o quinto mês consecutivo de ganhos aos 86.115 pontos. O mercado local sofreu pressão de Wall Street e do aumento do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, o que forçou uma migração dos investidores para ativos de menor risco.
O ganho acumulado do Ibovespa desde novembro – último mês de perdas – é de 19,6%, auxiliado em grande parte pelas altas de dezembro (+6,2%) e janeiro (+11,1%). Os meses seguintes foram de avanços discretos com +0,5% em fevereiro, +0,01% em março e os +0,88% de abril.
Dos 64 papéis listados no benchmark da bolsa brasileira, 25 ficaram no positivo no mês, com destaque para os ganhos da Marfrig (SA:MRFG3) (+33,3%), impulsionada pela aquisição da norte-americana National Beef. Completam o Top 5 a Suzano (SA:SUZB3) (+23,1%), Pão de Açúcar (SA:PCAR4) (+18,9%), Vale (SA:VALE3) (+15,3%) e Ecorodovias (SA:ECOR3) (+13,7%).
Na ponta negativa, a Weg (SA:WEGE3) lidera as perdas com -21,4%, seguida por Ultrapar (SA:UGPA3) (-14,8%), Hypera (SA:HYPE3) (-12,4%), Banco do Brasil (SA:BBAS3) (-10,6%) e Eletrobras (SA:ELET3) (-9,2%).
XP lidera indicações
O mês foi positivo para 14 das carteiras recomendadas corretoras e bancos entre as 22 acompanhadas pelo Investing.com Brasil. Dessas, apenas 10 conseguiram superar o Ibovespa e trazer bons retornos ao investidor, enquanto 12 não foram capazes de bater o benchmark.
A XP registrou o melhor desempenho com ganhos de 5,4% em abril – 4,5 p.p. acima do Ibovespa no mesmo período. A maior corretora do país apostou em 11 ações, com retorno positivo em 7 delas.
Os destaques do mês da carteira da XP foram a Suzano, com excelente ganho de +23,1%, Vale, com +16%, além de IRB (SA:IRBR3) e Rumo (SA:RAIL3), que avançaram 13%.
Pressionaram o desempenho da carteira as ações do Banco do Brasil, com -10,6%, B3 (-5,2%), Via Varejo (SA:VVAR11) (-1,9%) e Usiminas (SA:USIM5) (-0,2%).
A Elite marcou o segundo lugar no ranking mensal com ganhos de 5,3%. A corretora foi a única a apostar na Eletropaulo (SA:ELPL3), que saltou 91,4% no mês com a disputa entre a Enel (MI:ENEI) e a Neoenergia pelo controle da companhia. Dos 15 papéis recomendados, 6 registraram ganhos.
A Walpires, que despontou como a melhor carteira de março, acabou com o pior desempenho do mês, com perdas de 4,2% – 5,1 p.p. abaixo do Ibovespa – após suas apostas em Ultrapar, CSU (SA:CARD3) e Eztec (SA:EZTC3) afundarem em abril, ofuscando os ganhos de 9,5% na Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e de 7,3% em Petrobras (SA:PETR4).
Petrobras lidera indicações
A petroleira voltou a ser o papel mais indicado do mês ao aparecer em 15 carteiras – 14 com as ações preferenciais e 1 aposta na ordinária (SA:PETR3). O Itaú (SA:ITUB4) foi lembrado por 11 analistas, seguido por 8 da B3, 7 da Vale e 6 do Banco do Brasil.
Entre as indicações do mês, o maior retorno veio dos papéis da Eletropaulo que se viu disputada em um leilão entre as europeias Enel e Iberdrola (MC:IBE). Com avaliação com patamares cada vez mais altos, a elétrica controlada pela AES viu o papel saltar 91,3% de R$ 17,86 no final de março para R$ 34,16 no fechamento de abril. A Elite foi a única corretora a apostar no papel.
Destacaram-se ainda a Suzano com +23% e indicada por 4 analistas; Pão de Açúcar com +18,3%, presente em 3 carteiras; Vale com +15,3%, com 7 indicações; e Ecorodovias, que avançou 13,7% e só foi lembrada pela Magliano.
Pesaram sobre as carteiras os desempenhos da Ser Educacional (SA:SEER3), com -17% e indicada pela Spinelli; Ultrapar (-14,8%) sugerida por 6 analistas; CSU com -12,5%, aposta da Walpires; M. Dias Branco (SA:MDIA3) com -13,7%, presente no portfólio da Quantitas; e Eztec, que recuou -12,9% e constava nas apostas da Magliano e Walpires.
Veja as carteiras recomendas de abril: