Na volta do fim de semana prolongado nos Estados Unidos, ontem, o Ibovespa não conseguiu se apoiar nos ganhos da Petrobras (BVMF:PETR4) e acabou fechando em queda. O principal índice acionário brasileiro está cada vez mais longe dos 127 mil pontos conquistados no início de maio e já acumula queda de 1,7% no mês.
Nesta véspera de feriado no Brasil, os mercados domésticos devem ter os últimos ajustes antes do fim do mês, já que o pregão da sexta-feira (31) deve ser menos movimentado. Aliás, depois de registrar o menor volume financeiro em quase cinco anos, a bolsa brasileira segue com um giro diário abaixo da média.
O agito maior continua sendo nos juros. Afinal, foram o risco fiscal local e a pressão da curva nos Estados Unidos que abateram o apetite por risco nos mercados ontem. O sinal negativo se mantém em Nova York nesta manhã. Fato é que está cada vez mais difícil para os emergentes competirem com taxas altas da renda fixa americana.
Ainda mais após a prévia da inflação (IPCA-15) mostrar um resultado melhor que o esperado, colocando em dúvida o rendimento do IPCA+ acima de 6%. Como já dito aqui, na teoria, essa conta não fecha. Com a taxa Selic permanecendo em dois dígitos, as expectativas de inflação tendem a ceder, ficando mais próximas à meta de 3%.
Talvez, só o dólar +6% faça sentido, pois o rendimento do título de 10 anos dos EUA acima de 4% é algo raro. Conforme levantamento da Avenue Securities, nos últimos 15 anos, o retorno desse papel esteve abaixo de 4% em 95% das vezes. Abaixo de 4,5%, então, em 98,5% do tempo (vide gráfico abaixo).