🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Mercado Financeiro: Máquina que Transfere Dinheiro dos Impacientes aos Pacientes

Publicado 08.07.2022, 16:07
Atualizado 09.07.2023, 07:32
IBOV
-
MLCX
-
SMLL
-

Sexta-feira. Temperatura de 21 graus na Faria Lima.

Uma temperatura bastante confortável, dentro da faixa recomendada para ambientes de trabalho.

Entretanto, vivendo em São Paulo, já me acostumei a deixar um guarda-chuva de emergência no carro. Nunca se sabe se um dia que amanhece ensolarado terminará com pancadas de chuva.

É até uma ironia que a sede da B3 (BVMF:B3SA3) esteja por aqui. Afinal, a Bolsa brasileira é bastante conhecida por seus “chacoalhões”.

Isso vale principalmente para os últimos três anos, em que o Ibovespa atingiu patamares de 64 mil e de 130 mil pontos.

Ainda hoje, seguimos com uma expectativa incerta do que esperar desse índice que é tido como o “termômetro” da Bolsa brasileira.

Mas será que esse é o termômetro ideal para avaliar a saúde do mercado?

De acordo com os dados da B3 do fechamento de junho, de 91 empresas presentes no Ibovespa, os setores financeiro e de commodities representavam quase dois terços do índice – dinâmica que, historicamente, se mantém.

Entretanto, esses não foram (nem de longe) os setores que mais caíram nos últimos 12 meses, apesar de serem os mais relevantes.

As empresas do setor de tecnologia dentro do índice, que representam menos de 1% dele, caíram 63% no mesmo período. Enquanto isso, a Petrobras (BVMF:PETR4) – segunda maior posição do índice – teve uma alta de cerca de 47%.

Isso ajuda a explicar por que o Ibovespa caiu 21% nos últimos 12 meses, enquanto diversos fundos de ações, que normalmente não possuem essa concentração nesses setores, caíram o dobro no período.

Assustados com tais quedas, tanto de forma absoluta quanto em relação ao índice, os investidores tentaram se “automedicar”, o que levou a um movimento acelerado de resgates de fundos de ações desde o fim do ano passado.

O mês de junho marcou o décimo mês seguido desses resgates, completando cerca de R$ 56 bilhões em saídas nessa sequência.

Esses investidores acabam indo em direção contrária à de grandes casas de ações, como a Dynamo e a Atmos, que, como profissionais lendários na indústria, são capazes de distinguir uma febre passageira de uma doença mais grave. Exatamente por isso, essas casas fizeram reaberturas pontuais de seus fundos neste ano – o que sinaliza ao mercado um momento de oportunidades.

Afinal, o nome do jogo aqui é paciência. Como diria nosso querido velhinho: “o mercado financeiro é uma máquina que transfere dinheiro dos impacientes para os pacientes”. E sua saúde vai muito bem, obrigado.

O mercado está doente e somente o tempo pode curá-lo. Um termômetro quebrado e a tentativa de se automedicar somente atrapalharão o processo de recuperação dos investidores.

Portanto, diga adeus ao “termômetro” (do mercado somente!), faça um bom chá e espere essa febre passar. Pois ela passa.

Um abraço

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.