Trump leva luta contra o Fed a nível sem precedentes com tentativa de demitir diretora
Sabemos que os piores drawdowns suprimem as características intrínsecas de cada ativo de risco, empurrando todas as correlações para um mesmo lugar.
No pânico, a torcida vende vol e compra aquilo que é líquido e certo. Os múltiplos são nivelados por baixo, e o mercado perde a capacidade de diferenciar por fatores.
Embora sempre momentâneo sob perspectiva histórica, esse estado de opacidade pode durar dias, semanas ou meses. E mesmo enquanto se dissipa, o faz por meio de nuances que confundem o investidor.
Tome por base a conjuntura atual.
Se, por um lado, não temos mais o caso de correlação estritamente unitária, por outro, não retomamos ainda a salubridade dos infinitos plurais.
No momento, pregões de pouca liquidez e muita aventura bagunçam completamente as correlações esperadas, despertando narrativas malucas.
Empresas com mais de R$ 20 bilhões de market cap caem e sobem 10% por dia, como se fosse natural acordar, de repente, metamorfoseado em barata ou cavalo branco.
Por mais intangíveis que sejam os ativos das empresas que lideram a Nova Economia (whatever that means), é improvável que eles flutuem 10% ao dia ao sabor dos fundamentos.
Nem mesmo as taxas de desconto da perpetuidade seriam capazes de provocar tamanha oscilação.
O que está acontecendo, então?
Motivos técnicos não devem ser subestimados, especialmente se testarem a movediça fronteira entre o short e o short squeeze.
Por mais brilhante que seja o Sergio Rial – e ele de fato é –, nem sua mãe lhe faria um elogio maior que o dos squeezers.
Mas, enfim, é assim que funcionam os mercados descontados que ainda carregam grandes downside risks.
Ganha-se e perde-se muito no intraday, mas – ironicamente – nada acontece no dia após dia.