Sexta-feira, dia 10 / 08/ 2018 o Ministério da Agricultura dos Estados Unidos divulgou o relatório de grãos para o país e o mundo. Tal como a soja os dados prevem uma aumento de produção e estoque, nos Estados Unidos e no mundo.
Segue estudo focando em dados mundiais, nos EUA e Brasil em dados extraídos diretamente do relatórios.
No quesito produção, o USDA prevê queda da produção de milho brasileira, em relaçao ao relatório do mês passado. De 96 MT para 94.5 MT. E prevê aumento da produção dos EUA, alta de 361.46 para 370 MT em relação ao mês passado. Em termos mundiais, o aumento seria de 10MT na produção.
Em relação aos estoques, para o Brasil, o USDA indica aumento do estoque para 10.2 MT, 1 MT a mais do que no mês anterior, e próximo ao do ano passado (lembrando que houve deficit de milho na safra 17/18 devido aos altos volumes de exportações). Para os EUA, uma alta do estoque nos EUA, em 3 MT em relação ao mês passado. Um estoque ainda inferior aos anos anteriores. Quanto aos estoques mundiais indica aumento do estoque para 155.4 MT, ainda assim, menor do que nos anos anteriores, quando este indicador era superior a 200 MT.
Em dados referentes a exportação o relatório mostra uma queda nas exportações brasileiras de milho, 3 MT a menos do que no relatório de julho, em 26 MT. Para este mesmo dado, a CONAB prevê 30 MT. E prevê um aumento da exportação dos EUA, pela boa safra, e preços competitivos.
Em tempos de crise comercial com a China, os dados do governos não parecem se incomodar com as retaliações chinesas, de reduzir as compras de safra americana, e de buscar alternativas, como o Brasil.
Os preços do milho nos principais portos exportadores mostram o preços caros no Brasil, mesmo com uma recente desvalorização cambial (que barateou a mercadoria), haja vista que os preços no mercado interno estão altos em expectativa à quebra de safra, em especial na região Sul e Sudeste do Brasil, que é onde estão os principais compradores, os criadores de animais.
Tanto o produto argentino como o americano estão mais competitivos. O norte-americano, conta com a facilidade logística para exportação. Após a divulgação desses dados, tanto no Brasil, quanto nos EUA, os preços cederam.
Em poucas semanas o Brasil entra na janela de exportação do milho, em face do quase término da colheita, e os EUA, na colheita de uma supersafra de milho. Pode ser um banho e água fria para os preços no Brasil, ou apenas uma esfriadinha.
Um abraço, Maurillo.