Como os alívios parecem mais temporários que as tensões, voltamos ao mercado tenso como o usual.
Após acenar um acordo com o Canadá para resolução tripartite do NAFTA, agora o governo americano afasta a possibilidade de um acordo com a China.
Larry Kudlow, secretário do tesouro americano citou que não existe no horizonte próximo nenhum acordo com a China e que o que está colocado atualmente, ou seja, as tarifações continuam.
A China não tem cedido às pressões americanas e derrubado pontos que os EUA consideram “injustos” no comércio entre os dois países, pois sabe da quantidade de empresas americanas com filiais montadoras instaladas no país e o impacto das taxações em seus resultados.
Assim como ocorreu no NAFTA, o recuo americano poderia vir da demanda de apoiadores de Trump, sofrendo com as perdas no comércio internacional e pelo aumento de custos.
Todavia, com a China a questão tende a ser mais complexa, pois há um jogo de dominância mundial por trás que dificulta o primeiro movimento de “recuo”.
Para piorar o cenário geral, membro do grupo anti-stablishment italiano, Claudio Borghi citou em uma entrevista recente que os problemas se resolveriam com uma moeda própria, puxando para baixo as ações de bancos italianos.
Volatilidade pouca é bobagem.
CENÁRIO POLÍTICO
O avanço expressivo de Bolsonaro em uma pesquisa que não costuma beneficia-lo retira uma boa parcela do ânimo do PT, como crescimento recente de Haddad.
Alías, em termos de crescimento, o único observado foi da rejeição ao petista, que sobe para 38%, enquanto Bolsonaro mantém os 44% anteriores.
O segundo turno com empate também quebra do discurso de voto útil da esquerda, apesar do recuo também de Ciro Gomes em diversos aspectos da pesquisa.
Por fim, o PT ainda não cavou os ossos tanto das declarações péssimas de Dirceu, quanto da delação de Palocci, além da recusa da entrevista de lula. A estrela vermelha perdendo brilho.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com bancos italianos em queda e guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, na falta de avanços com a China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vértices.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção do ouro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, mesmo com a oferta limitada pela sanção ao Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,8%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0194 / -0,77 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,440%
Dólar / Yen : ¥ 113,81 / -0,105%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,636%
Dólar Fut. (1 m) : 4022,20 / -0,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,50 % aa (-1,19%)
DI - Janeiro 20: 8,24 % aa (-0,96%)
DI - Janeiro 21: 9,52 % aa (-0,63%)
DI - Janeiro 25: 11,65 % aa (-1,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,91% / 78.624 pontos
Dow Jones: 0,73% / 26.651 pontos
Nasdaq: -0,11% / 8.037 pontos
Nikkei: 0,10% / 24.271 pontos
Hang Seng: -2,38% / 27.126 pontos
ASX 200: -0,75% / 6.126 pontos
ABERTURA
DAX: -0,646% / 12259,86 pontos
CAC 40: -0,703% / 5468,12 pontos
FTSE: -0,371% / 7467,87 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 78760,00 pontos
S&P Fut.: -0,191% / 2924,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,274% / 7655,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,00% / 86,39 ptos
Petróleo WTI: 0,01% / $75,31
Petróleo Brent:-0,41% / $84,63
Ouro: 0,16% / $1.190,89
Minério de Ferro: 0,43% / $68,40
Soja: 1,07% / $16,02
Milho: -0,48% / $363,75
Café: -0,10% / $101,85
Açúcar: 0,43% / $11,69