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O Barril de Pólvora em Torno do Brasil

Publicado 21.01.2013, 21:21
EONGn
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MAR
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IBOV
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DIDA
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FAZI
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Em dia de feriado americano e Bovespa no "zero a zero"...vamos refletir um pouco...

De vez em quando é preciso "ver de longe" certas coisas.

Quando olhamos de perto, muita coisa passa despercebida...
É difícil fazer isso...

Principalmente no Brasil...
"Somos um país abençoado por Deus e bonito por natureza", como diria Jorge Benjor...

Quando conversamos com o gerente de banco...com o "seu corretor"...com o vendedor de imóveis...enfim...o que ouvimos ?

"Que tudo vai melhorar...Ano que vem vai melhorar...as coisas vão se estabilizar..."

Será?

É verdade que seria utopia dizer ou pensar que em algum momento, a Economia, seja ela qual for, tenha todas suas componentes em equilíbrio...

Sempre há uma coisa aqui, outra ali "fora de equilíbrio"...

O problema passa a ser quando a dinâmica "intrínseca" da Economia leva o "estado das coisas" para uma posição "fora de equilíbrio", isto é...

Criando uma analogia, imaginemos o "mar"...

Se ele não faz "marola", podemos ter uma coisa fora de equilíbrio, mas incapaz de colocar outras coisas também "fora de equilíbrio".

O problema passa a ser quando a marola é capaz de movimentar certos componentes que por sua vez movimentam outros de tal forma que, mais cedo ou mais tarde, teremos vários componentes "fora do lugar"...

É assim em Economia também...

Sua dinâmica intrínseca poderá levar seus componentes a interagirem de tal forma que, mais cedo ou mais tarde, não apenas 1, mas vários deles estarão fora do equilíbrio, tornando o sistema frágil o suficiente para provocar consequências imprevisíveis e, inevitavelmente, negativas.

Vamos tentar trazer isso ao Brasil de hoje, ainda que voltemos, momentanemante a 2003, após a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para Presidente.

Por conta de um passado "simpático" a idéias próximas a moratórias da dívida interna e externa, Lula é eleito com desconfiança pelo mercado; prova maior foi a disparada do dólar em meados de 2002.

No entanto, ao eliminar por completo qualquer idéia que tangenciasse qualquer tipo de moratória, Lula e seu partido imprimem uma politica econômica semelhante ao governo passado em seu esqueleto principal permitindo ao Brasil, naturalmente, "colher os frutos".

Simplifiquemos e "arbitremos" que a Economia Brasileira, nesse momento, entra num modo "calmo" com inúmeras variáveis "dentro do equilíbrio". O próprio dólar despencou voltando para patamares "razoáveis".

O sistema apenas passa a apresentar instabilidade momentânea quando é afetado por variáveis exógenas, como foi o caso da Crise Americana em 2008-2009.

Notem...

O objetivo aqui não é escrever uma tese de mestrado...apenas levantar algumas questões dentro do contexto maior que é o título do artigo...

Prossigamos, portanto...

À luz dessa particularidade, mesmo em 2008-2009, já víamos uma ou outra variável "fora de equilíbrio"...

Mas, assim como na analogia apresentada acima, o mar estava "calmo o suficiente", para não produzir turbulências...

Precisou uma variável externa para tal...

Não percamos o "fio da meada"...

Essa variável externa, a crise americana, já foi o suficiente para mexer em outras variáveis internas que, sem a devida e correta interferência, poderiam, mais cedo ou mais tarde, também atingir o ponto "fora de equilíbrio".

Querem um exemplo?

O governo age numa política "anti-cíclica" estimulando gastos públicos, concessões de crédito e reduções de impostos, entre outros, para tentar amenizar a crise...

Ora...como eu disse...

Ele apenas estimulou gastos numa ponta...mas não cortou de outro lado...por exemplo...gastos com o funcionalismo público...

O fato é que, ainda dentro da analogia do mar...a marola já não era mais a mesma...

O mar agora "agitava-se", fazendo com que variáveis interagissem e provocassem distorções aqui e ali...

O sistema, como um todo, começa a se "instabilizar"...

Some-se a isso, variáveis externas que também se movimentavam e se interrelacionavam de tal maneira que, marginalmente, impactavam o "nosso sistema".

Querem outro exemplo?

A taxa de juros americana, mantida pelo FED (Federal Reserve) americano em "zero" desde dezembro de 2008.

Enfim...

Não me parece que, hoje, o sistema no Brasil esteja com 1 ou 2 variáveis "fora de equilíbrio".

O sistema todo já está bastante comprometido...

- Temos uma inflação recorrentemente alta, acima do centro da meta por 3 anos consecutivos.
- Temos manobras contábeis na execução da meta fiscal
- Temos ação direta da União no controle de preços da gasolina, da tarifa de energia elétrica e, mais recentemente, dos preços das passagens de ônibus de São Paulo e do RJ, assim como dos preços das passagens de metrô da cidade de São Paulo.
- Temos ação mais incisiva da equipe econômica no intervalo de preços do câmbio.

As variáveis externas, como já destacado, apenas "aumentam" a marola acentuando a marola anteriormente produzida no "âmbito interno", isto é:

Um FED que mantém uma taxa de juros nominal "em zero" por 4 anos, portanto uma taxa de juros real negativa, provocando uma verdadeira "aberração" na movimentação "normal" do fluxo financeiro mundial.

Um FED e um Banco Central Europeu injetando bilhões de dólares e Euros no fluxo "normal" financeiro mundial, criando, igualmente, aberrações no nível de liquidez mundial.

As consequências?

Implícitas ou não, elas estão aí...

E tornarão o sistema, inerentemente interligado, mais e mais instável. já que as interrelações e interações não cessarão; pelo contrario, aumentarão...

Mais um exemplo?

A disparada dos preços dos imóveis...

Vejam que no caso dos imóveis, eles tanto podem ser encarados como consequência ou como causa...ou seja...

Agora, eles são consequência...

Mas, ao analisarmos o todo...eles certamente contribuem para tornar o sistema mais instável...

Se eles estão "fora do equilíbrio" pelas marolas produzidas acima, suas próprias interações, em algum momento após a volta ao equilibrio, produzirão consequências maléficas, como por exemplo, queda abrupta no patrimônio das pessoas, desemprego acentuado no segmento de construção civil, entre outros.

É impossivel elencar e visualizar o tamanho da rede de interrelações que o sistema atinge ou pode atingir.

Ou, impossível prever a extensão das consequências e as interações a que as variáveis são submetidas.

Porém, é preciso olhar de longe para ter o quadro real.

O sistema econômico, nesse momento, está frágil "além da conta".

Por outro lado, quando somos crianças somos sempre "chatos", não é?

Sempre estamos ali bem perto para perguntarmos "Por quê?","Por quê isso"?,"Por quê aquilo"?

Não é hora de sermos "adultos".....Sejamos um pouco "crianças".......

Por quê a Inflação está alta?

Por quê o governo cortou a tarifa de energia eletrica?

Por quê o governo sobrecarrega a Petrobrás e não aumenta a gasolina?

Por quê o governo federal negocia com as prefeituras do Rio de Janeiro e São Paulo o congelamento dos preços das passagens de ônibus?

Por quê o governo federal negocia com o Estado de São Paulo o congelamento dos preços das passagens de metrô?

Por quê o governo acena com redução de Impostos na compra de vários itens , comprometendo receita, mas não acena com diminuição do funcionalismo público?

Por quê, segundo o indice FIPE ZAP, os preços dos imóveis na média em São Paulo subiram 160 % e no Rio de Janeiro 200% nos últimos 5 anos?

Por quê insistem em dizer que está tudo bem?

Basta dar 3 passos "pra trás"...






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