Nada se cria
Almoçando com amigos de mercado, discutíamos a maravilhosa Sanepar (SA:SAPR4) (SAPR11).
Mas vale para infinitas outras ações e empresas…
A metáfora abaixo foi roubada, sem nenhum pudor, de um amigo gestor.
Mas, em minha defesa, avisei meu “chapa" que surrupiaria sua obra prima.
Minha única preocupação é que ele a conta a anedota muito melhor que eu…
Hoje é festa lá no meu HB
O mercado é uma festa. Todos são convidados.
Não existe segurança, porteiro ou leão de chácara. Entra quem quer.
A festa rola todos os dias.
Mas você, e só você, decide quando chegar e quando ir embora.
O pessoal aqui de São Paulo é animado, mas ninguém faz festa como os cariocas…
Música de elevador
Por algum milagre, você chega cedo demais.
O DJ ainda nem ligou sua parafernália.
Despretensiosamente, você pega uma gin tônica e puxa uma cadeira.
Nada a fazer salvo observar a chegada das mais diversas figuras.
A porta é pequena
Você se sente confortável em sua posição.
Até toma coragem e se move um pouco mais ao centro do salão.
E o DJ começa a acelerar o ritmo. Há anos que você não escutava as trilhas internacionais das novelas dos anos 90.
“Right here waiting for you…"
Mas algo parece incomum. O fluxo de entrada aumenta.
Uma multidão se aglomera para adentrar a porta estreita.
Feixta sinixtra
Quem imaginaria? A festa se anima. Sua posição é privilegiada.
O bonde do Leblon chegou. Os cariocas trazem a animação consigo.
A música aumenta ao último volume.
A empolgação aumenta com cada nova batida da caixa.
As caixas já estouram o grave ritmado da melhor festa que você já participou na vida.
Tô Bolado!
Nunca houve festa tão vibrante. Sua convicção nunca foi maior.
A noite nunca mais acabará. Você se toma pela exultação da festa.
Embriagado pelo entusiasmo, você se torna rico. Riquíssimo. Dinheiro nunca mais lhe será um problema.
A euforia toma conta da pista de dança.
Ganhar dinheiro nunca foi tão fácil.
Isso aqui é caô, mermão
A cariocada se entreolha, rapidamente se forma uma fila na porta de saída.
Os copos vazios e as promessas de amor eterno ficam pelo caminho.
A música cessa. As luzes se acendem.
Você esfrega os olhos, incrédulo.
Só sobraram você e os garçons no salão.
A diversão acabou.
Nada é para sempre
Perambulando a caminho de casa, o desânimo toma conta de sua alma.
Era óbvio que festa tão boa não duraria para sempre.
Por que não saí por cima?
Nada mais a fazer. Perdi completamente a cabeça.
…
Me pergunto... Por onde andariam os gestores do Leblon?
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