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O Milton Neves da Bolsa

Publicado 28.11.2013, 07:44
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Leia O livro...

"A pessoa que possui a riqueza não é feita feliz por tê-la, mas por gastá-la, e não gastá-la ao acaso, mas em saber como gastar bem." A frase, trecho de Dom Quixote (na tradução livre), é apenas uma das inúmeras abordagens sobre finanças na literatura de ficção. Uma das frases que mais gosto de utilizar no contexto de mercado é de Shakespeare: “Palavras não pagam dívidas”. Serve para o meu cunhado, serve para uma série de companhias listadas na Bolsa.

A literatura de ficção pode ensinar muito sobre finanças. Na língua portuguesa, Gustavo Franco já explorou bem as lições de Fernando Pessoa e Machado de Assis sobre economia e o trato do dinheiro. No fim das contas, "Finanças das finanças, tudo são finanças".

Por que raios comecei com isso?


Porque não precisa ser especialista no assunto ou ter formação em administração, economia ou finanças para ganhar dinheiro na Bolsa, tratar bem o dinheiro, fazer o dinheiro trabalhar a seu favor. Essa é a grande lição. Embora escrito por gente com formação em finanças, o primeiro livro da Empiricus aborda justamente essa questão: “Investir em ações não é coisa de expert”. Estamos captando as últimas vagas para o evento de lançamento do livro, que acontecerá dia 10 de dezembro em São Paulo. Como não vai dar para todos irem, hoje abro para vocês em primeira mão a Introdução do livro. Basta clicar aqui, é de graça. Agora não há mais tempo para mudar, mas ainda assim gostaria da opinião de vocês.

Pelés e Macalés


Partindo para o dia do mercado, temos nas duas pontas da Bolsa ações que sobem e caem a partir de sinalizações pontuais sobre eventos com desfecho próximo. Interessante é que em ambos os casos, os papéis parecem completamente reféns desses dois eventos, e por isso devem ficar oscilando ao sabor de rumores e discursos diários até que o bode seja retirado da sala. Depois de caírem bem nos últimos dois dias, as ações dos bancos reagem no pregão sobre a expectativa de que os montantes envolvidos no julgamento do processo da correção monetária tenham sido superestimados pelo governo como forma de pressionar o STF, e após lobby de ex-ministros e do ex-presidente FHC de que uma cobrança da ordem de R$ 150 bilhões ferraria todo o sistema financeiro. Por sua vez, o dia de Macalé é da Petrobras, com a indicação de Folha de S. Paulo de que a Dilma não está nada flexível quanto à questão do reajuste dos combustíveis, temendo a perda do controle sobre prazo e magnitude das remarcações de preços dos combustíveis, seu impacto sobre a inflação e eventual espraiamento das mesmas condições para outros setores. Mais uma vez: uma coisa é a empresa (diretoria) querer o reajuste, outra é passar pelo Conselho (governo). Faltou combinar com o zagueiro.

Não estamos sós


Outra matéria de hoje, do Valor, chama atenção para algo que há muito tempo conversamos: Petrobras tem a pior situação da década. “Três anos após capitalização de R$ 120 bilhões, dívida líquida da estatal brasileira de petróleo já é de R$ 193 bilhões”. A Bolsa pode antecipar as coisas e pagar na frente por algo que custa a acontecer. Mas por enquanto nada muda o fato das ações da Petrobras subirem 7% em um ano negativo em 14% para o Ibovespa, em que a estatal queimou R$ 45 bilhões de caixa (& couting), considerando a variação da dívida e disponibilidades até o final de setembro.

Vendo terreno!


Lembra que mencionei recentemente sobre as margens extraterrestres de EzTec, imbatíveis no universo de incorporadoras imobiliárias? Pois hoje as ações da companhia destoam do movimento negativo da Bolsa, registrando valorização próxima de 2%. A companhia comprou terreno na zona sul de São Paulo, em região que já possui bom conhecimento (possui quatro projetos por ali). A área é grande, aumentando em 23% o banco de terrenos da companhia, e EzTec pagou pela aquisição 18% do que é o Valor Geral de Vendas estimado para a área, de R$ 900 milhões. Percebeu? A compra do terreno é momento em que se gera maior valor em todo o ciclo de negócio das incorporadoras imobiliárias. É onde está o grosso da margem, embora parte do mercado financeiro não perceba isso. No caso, a margem extraterrena.

O problema de EzTec - e a oportunidade


EzTec é um brinco operacionalmente. Isso não é novidade para ninguém, está aí para todo mundo ver. Mas é uma empresa que vale R$ 4,5 bilhões na Bolsa... Todo mundo está cansado de saber das vantagens comparativas da empresa, que isso se reflete nas ações. Ela negocia a 2,3x o seu valor patrimonial. Agora, o bom “problema” de EzTec pode ser a oportunidade de outrem.
E se eu te disser que tem uma incorporadora que cospe caixa, é redonda operacionalmente e negocia à metade do valor patrimonial e por menos do que tem em caixa... Você acredita?

As idas & vindas do dólar

Dica cultural do dia, outro conteúdo gratuito para você. Saindo do forno mais um Grandes Encontros, desta vez sobre as idas & vindas do câmbio. Conversamos com Sidnei Nehme, o N da NGO Corretora de Câmbio. Quem acompanha o mercado de FX desde 1970 está mais calejado para saber o que acontecerá com o dólar em 2014.

O Milton Neves da Bolsa


Ontem estivemos na reunião com analistas e investidores da Vanguarda. De novidade mesmo, chamo atenção para dois pontos: 1. A empresa vai inovar com a segunda safra de soja no ciclo atual, no lugar do milho, fato inédito no Brasil 2. O novo CEO Arlindo Moura é capaz de dizer de cabeça coisas como a produtividade da safra de girasol em 1994, ou o volume de sorgo transportado anualmente pela estrada de Miritituba. O executivo impressionou pelo conhecimento do setor, mas também pela rápida integração e comprometimento com o projeto de reestruturação da Vanguarda. No fundo, empresas ainda são pessoas.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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