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Dizer que a corrupção representa uma grande ameaça ao estado de direito e ao desenvolvimento sustentável em todo o mundo é chover no molhado. Mas, tendo assistido às funções de Compliance evoluírem de departamentos desconhecidos e escondidos a áreas complexas e de alto impacto – e, de alguma forma, contribuído com o processo –, considero importante reforçar o discurso.
Práticas ilícitas são prejudiciais para todos os negócios. Sem exceção. Grandes e pequenos, multinacionais e locais. Já testemunhamos escândalos corporativos abalarem mercados financeiros e minarem a confiança dos investidores algumas dezenas de vezes. A lembrança de alguns deles ainda habita a memória coletiva.
Foram os apelos por maior responsabilidade do setor privado que levaram muitas empresas a implementarem princípios de blindagem contra más condutas, protegendo assim sua imagem, sua marca, bem como os interesses de seus investidores, colaboradores e clientes.
Ao longo do tempo, foi preciso conferir robustez aos mecanismos e procedimentos internos de integridade, com aprimoramento de auditorias, incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética no âmbito da pessoa jurídica.
Nesse contexto, o Brasil tem suas particularidades. Logo na largada, estamos estagnados em posições de rankings globais que investigam o tema, como o Índice de Percepção da Corrupção, publicado anualmente pela ONG Transparência Internacional. Na última divulgação, aliás, éramos o número 96 da lista. Apesar de tratar do sentimento com relação ao setor público e não refletir necessariamente a realidade, acaba repercutindo uma ideia de que caminhamos pouco no quesito, de que é um assunto incômodo.
Migrando para a esfera privada, nos últimos anos, tivemos, sim, avanços consideráveis. Entretanto, parece que ainda carecemos do entendimento da importância de colocar a transparência como meio para a tomada de decisões e na conquista de objetivos. É de suma importância analisar os impactos da corrupção para o ambiente de negócios do país e debater o papel das empresas e, em especial, do Compliance na mitigação de desvios de conduta.
Não à toa, há preocupação por parte dos líderes brasileiros: uma pesquisa elaborada pela KPMG avaliou a maturidade do Compliance no Brasil e identificou que os riscos mais destacados foram: gestão de terceiros e contratos (92%) e fraude, combate à corrupção e lavagem de dinheiro (90%).
Atuo na área de Compliance em instituições financeiras há muitos anos e lido com o crescente rigor nos requisitos do dia a dia. Os benefícios de manter-se vigilante são muitos e há duas formas de colocar em prática:
Os programas de compliance devem ser adaptáveis, à medida que empresas se expandem para novos países, as equipes de gerenciamento mudam, as relações com os fornecedores se transformam. Seja qual for o gatilho, o perfil de risco de uma empresa se modifica com o tempo. A atuação em Compliance precisa se ajustar.
Nesses momentos, o uso de ferramentas na detecção precoce de inconsistências é uma uma chave poderosa, a ser manejada em total sincronia com os recursos humanos. Enquanto a Inteligência Artificial auxilia na organização, na validação e na análise de grandes volumes de dados, a equipe confere aplicabilidade e garante que os programas de conformidade estejam sendo efetivos.
Dessa forma, é preciso entender que todo processo de gestão dos negócios deve estar bem orientado pela equipe de Compliance em busca de transparência. Para que isso aconteça, é preciso identificar, avaliar, mensurar, mitigar e controlar riscos. A ação é contínua, de acordo com normas claras e inegociáveis.
Como Diretora de Compliance de uma organização financeira de câmbio, além de mirar em um crescimento exponencial nos negócios de transferência de dinheiro, o trabalho é contínuo para combater mecanismos que favorecem a corrupção. Ter uma reputação no combate à lavagem de dinheiro é essencial e uma boa solução de monitoramento e triagem de transações é vital. Devemos fazê-lo melhor a cada ano, a cada mês e a cada dia, porque o mundo muda diariamente.
Por isso, não é demais lembrar também de que governança e cultura são essenciais para o sucesso estratégico de organizações na prevenção e no combate à corrupção, um comportamento que pode ser replicado, virar exemplo. Com a ação coletiva, empresas de todos os tamanhos podem se tornar agentes significativos de mudança em relação às políticas e procedimentos anticorrupção. É o nosso papel. Na minha jornada, sublinho, é o objetivo: estimular esforços e engajamento em boas condutas, em todos os setores.
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