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O que Esta Empresa nos Falou (entre quatro paredes)

Publicado 06/09/2015, 07:59 PM
Atualizado 05/14/2017, 06:45 AM
BBD
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Em qual Janine acreditar?

A capa da Folha desta terça-feira fala em uma nova chamada para inscrições no Fies no segundo semestre deste ano, indicada pelo ministro da Educação.Trata-se de uma declaração curiosa, dado que Renato Janine Ribeiro havia descartado essa mesma hipótese poucas semanas atrás, enfatizando a falta de recursos públicos para lastrear o financiamento.Em termos de recursos disponíveis, nada mudou desde o penúltimo pronunciamento de Janine, e provavelmente as coisas tenham piorado…Então o que mudou?

Fies inglês

Do ponto de vista político, pegou mal descartar a hipótese de Fies no segundo trimestre.Ponderando esses dois lados da balança, o da economia real e o da política, cremos que haverá sim uma nova rodada de Fies no segundo semestre, mas de porte quase que irrisório, só para inglês ver.Às ações de educacionais, a segunda declaração do ministro é melhor do que a primeira, mas, à exceção da volatilidade momentânea gerada pelo vai-e-vem de informações, não muda quase nada.

À moda da Petro

Baseado em fundamentos, ou eventos materiais, há duas explicações possíveis para a disparada das ações da Petrobras neste pregão:

  1. o mercado está comemorando a tomada de mais dívida pela empresa;
  2. o mercado está comemorando a notícia de que o Conselho irá aprovar o novo Plano de Negócios da empresa no próximo dia 26.

São as duas novidades do noticiário da estatal:Segundo a Bloomberg, Petrobras deve emitir mais dívida, via emissão de debêntures. A princípio é uma emissão pequena, e positiva por dar sobrevida a uma estrutura de capitais estrangulada e alongar o prazo da dívida, mas não é solução: mais uma vez, é pagar dívida com mais dívida.

Quanto à segunda possibilidade, interessante comemorar a aprovação de um Plano de Negócios que não é conhecido...

E se esse Plano de Negócios prever o fim dos reajustes nos preços dos combustíveis e/ou um aumento substancial da necessidade de investimentos?

Não acho que seja o caso, mas como (em tese) ninguém sabe o conteúdo do PN, como afirmar o contrário?

A acurácia das projeções (do insider)

A esta altura do campeonato, não é novidade para ninguém a gravidade da situação para o mercado automotivo: as vendas de veículos caíram 27,5% em maio e os últimos dados da Anfavea mostram que a produção nos cinco primeiros meses de 2015 voltou aos níveis de oito anos atrás (de 1,09 milhão de veículos).

A grande novidade veio da revisão de projeções... mais uma.Desde o começo do ano, a Anfavea mudou a sua estimativa de produção em duas oportunidades:- de 0% para queda de 10% - agora de -10% para -17,8%

Por sua vez, a projeção da entidade para as vendas este ano passou, nessa última revisão, de -13,2% para -20,6%...Podemos tirar algumas conclusões disso tudo:

  1. a velocidade de deterioração deste mercado é algo realmente preocupante;
  2. considerando que a Anfavea em tese é quem tem o melhor nível de informações sobre o setor, e esta mudando assim suas métricas, é melhor não tentar fazer qualquer inferência a respeito;
  3. considerando a frequência e magnitude das mudanças, qual a credibilidade desta nova projeção?

Quem vai ficar com HSBC?

As manchetes dão destaque para a saída do HSBC do Brasil.O banco naturalmente não vai recolher suas trouxas, botar na mala e deixar o país...Irá vender a sua estrutura. Quem vai comprar?

O principal candidato desponta ser o Bradesco (SA:BBDC4).

E tudo sempre depende do preço.

A operação brasileira do HSBC não chega a ser atrativa como a Mary, mas por cerca de R$ 10 bilhões (valor ventilado inicialmente) até valeria uma investida.

Agora, se chegar perto dos R$ 14 bilhões falados por aí, melhor não arriscar.

Não estamos sós

Ontem comentei aqui sobre a questão da poupança e dos imóveis em rota de colisão, e como isso poderá afetar tanto o valor das moradias quanto da parcela de quem carrega financiamento imobiliário.

A tese tem gerado grande repercussão e, felizmente, um número ínfimo de acusações de terrorismo e ameaças se comparado ao volume de feedbacks positivos e críticas construtivas.

Ficamos felizes em saber que outras pessoas perceberam o problema e - mais importante - estão lhe dando a devida atenção.Em ótimo artigo no Estadão, Eduardo Zylberstajn, da Fipe, ressalta que:

“A poupança secou e em breve não haverá recursos para financiamento imobiliário às taxas com as quais nos acostumamos. Os juros para o financiamento imobiliário correm o risco de voltar para perto dos 20% ao ano, o que fará com que as parcelas do financiamento fiquem inviáveis para parte relevante da população. O preço dos imóveis cairia então significativamente, um problema seríssimo em particular para quem comprou imóvel recentemente. O triste é que essa crise se anunciava há tempos, mas foi empurrada com a barriga. Um mercado importantíssimo, que caminhava uma trilha natural (com seus altos e baixos), depara-se agora com um enorme poço em sua frente, e tombo pode ser feio. Mais desanimador ainda é ver que as ‘soluções’ que têm sido propostas não passam de novas canetadas.”

A questão afeta os dois pilares patrimoniais do brasileiro, a poupança e o imóvel, e não pode ser simplesmente desprezado. Infelizmente, ninguém está livre de seus potenciais desdobramentos.

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