OURO - MERCADO INTERNACIONAL
Na semana que se passou tivemos diversos fatores que colocaram ainda mais pressão de venda na onça troy.
O aumento da taxa de juros americana já estava precificado, mas a novidade foi a sinalização do FED de que eles aumentarão os juros americanos em 2017 três vezes. Já no campo das ações, por mais que a sinalização de maiores juros possa prejudicar a capacidade de crescimento das empresas listadas em bolsa, o mercado não sente o efeito, pois há um otimismo em relação a atual situação econômica americana, fazendo com que os preços das ações batam recordes atrás de recorde.
No entanto, um evento isolado coloca uma luz amarela de atenção ao mercado. A China localizou um drone americano em suas aguas internacionais, acirrando ainda mais a disputa que virá a frente na OMC (Organização Mundial do Comércio), sobre a denominada “deslealdade” no comércio internacional, o qual Trump vem acusando a China.
O país asiático nunca bateu de frente com os EUA, inclusive sendo esta uma de suas estratégias mais assertivas, logo, essa disputa atrelada as especulações de que a Rússia influenciou o resultado das eleições americanas, sem dúvida, colocaram um tempero especial no ano de 2017.
Nesta conjuntura, com praticamente todas noticias relevantes já divulgadas no ano de 2016, a onça se estabilizou acima de US$1130, inclusive abrindo o dia de hoje com valorização de 0,38%, cotado a US$1138, mostrando que, apesar do pessimismo a respeito da commodity, ainda há quem aposte no ouro como um ativo de proteção para o que esta a vir a frente.
No mercado brasileiro, apesar da queda, o fato do ouro ter fechado o período semanal acima de R$122 foi importante para o valor do metal. Caso ele perca esse suporte, próximo nível a ser explorado será de R$118.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMF&BOVESPA – R$123,20 (Fechamento 16/12 +0,81%)
DÓLAR
Dólar fechou em alta de 0,70% cotado a R$ 3,39, encerrando a semana em valorização, assim como o mês de dezembro, mas ainda registrando uma baixa anual acima de 14%.
Movimento da sexta-feira (16/12) seguiu colado ao exterior, com valorização perante as demais moedas emergentes, com o mercado ainda precificando a perspectiva de seguidas altas de juros americanos, o qual reduzirão a atratividade de se investir em emergentes.
Ademais, neste fim de ano, dezembro já é conhecido como um mês típico de fluxo cambial negativo, com a saída dos lucros das multinacionais para suas matrizes, por isso o banco central brasileiro vem rolando os seus contratos, deixando a sua posição preparada caso precise intervir em um excesso de valorização da moeda americana.
Para hoje é aguardado discurso de Janet Yellen, presidente do FED, o qual o mercado tentará buscar por mais afirmações que confirmem a possibilidade de três aumentos de juros ao longo de 2017. Além disso, nesta semana ainda teremos a divulgação final do PIB americano, que poderá ainda influenciar mercado.
Já no cenário interno, com o congresso praticamente em recesso, não veremos grandes mudanças, a não ser que a Lava-Jato nos surpreenda.
Gráfico Semanal Ouro - BMFBOVESPA