Calendário Econômico: Fiscal, contas externas do Brasil, inflação nos EUA e Nvidia
- O ouro permanece acima de uma linha de tendência importante, mas a perda de fôlego indica possibilidade de rompimento para baixo.
- A inflação gerada pelas tarifas e a valorização do dólar continuam limitando o potencial de alta do metal.
- Os balanços das gigantes de tecnologia e o tom do Fed podem influenciar o sentimento entre classes de ativos e direcionar o comportamento do ouro.
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O ouro iniciou a nova semana em ritmo mais contido após três sessões consecutivas de queda na semana anterior, que resultaram em um recuo acumulado próximo de 0,4%. Esse desempenho morno mantém a tendência lateral das últimas semanas, em um contexto no qual investidores têm direcionado recursos para os mercados acionários, levando os principais índices globais a níveis recordes.
O avanço nas negociações comerciais, algumas delas já concretizadas recentemente, tem sustentado a tomada de risco nos mercados. Paralelamente, o dólar voltou a encontrar suporte, criando uma barreira adicional para o desempenho do metal precioso cotado na moeda norte-americana.
Embora o ouro ainda não tenha apresentado um movimento de realização mais intenso, cresce a percepção de uma correção depois da incapacidade do ativo de retomar as máximas registradas no início do ano. Por outro lado, a pressão negativa pode ser limitada pela expectativa de efeitos inflacionários decorrentes das tarifas e das políticas fiscais anunciadas pelo presidente Trump.
Fatores que movimentam os mercados
O início da semana tem sido marcado por notícias no campo comercial. EUA e União Europeia chegaram a um acordo que estabelece tarifas de 15% sobre uma ampla gama de produtos, com Bruxelas comprometendo-se a comprar US$ 750 bilhões em energia norte-americana e a realizar mais US$ 600 bilhões em investimentos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou que essas tarifas de 15% vão abranger a maior parte das exportações do bloco, incluindo automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. Entre as exceções estão aço e alumínio, que permanecerão sujeitos a tarifas de 50%, ponto que deve gerar discussões adicionais entre os dois lados do Atlântico.
No cenário asiático, EUA e China devem estender a trégua comercial vigente por mais 90 dias, segundo o South China Morning Post. A Reuters acrescentou que uma nova rodada de negociações está programada para começar ainda nesta tarde, na Suécia.
Próximos eventos
Do ponto de vista macroeconômico, a atenção agora se volta para a decisão do Federal Reserve na quarta-feira. Não se espera corte de juros, apesar da pressão pública de Trump nesse sentido, mas os investidores acompanharão cuidadosamente o comunicado em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Ao longo da semana, também serão divulgados dados relevantes como números do PIB e estatísticas do mercado de trabalho não-agrícola, que ajudarão a compor o quadro econômico. Para hoje, não há indicadores previstos na agenda.
Outro ponto de destaque é a temporada de balanços das gigantes de tecnologia — Amazon (NASDAQ:AMZN), Apple (NASDAQ:AAPL), Meta (NASDAQ:META) e Microsoft (NASDAQ:MSFT) —, cujos resultados vão fornecer sinais tanto sobre o desempenho do setor quanto sobre o humor mais amplo do mercado.
Antes desses eventos, o dólar apresentou firmeza, apoiado por dados econômicos mais sólidos e preocupações com pressões inflacionárias. As tarifas e as promessas fiscais de Trump aumentam o receio de inflação persistente. Embora um corte de juros em setembro ainda seja uma possibilidade, a inflação mais resistente pode desacelerar futuros ajustes. Esse cenário é relevante porque um dólar mais forte tende a atuar como obstáculo para o ouro.
Ouro testa linha de tendência de alta de 2025
Na análise técnica, o gráfico de longo prazo do ouro mantém viés construtivo, mas a perda de fôlego começa a preocupar alguns investidores. O metal voltou a testar a linha de tendência de alta de 2025, na faixa entre US$ 3.320 e US$ 3.330. Uma quebra consistente desse suporte pode aumentar a volatilidade.
O próximo nível de suporte relevante abaixo da tendência está na região de US$ 3.300, que tem se mantido nas últimas semanas. Caso seja rompido, o mercado pode buscar a mínima de junho em US$ 3.247.
No lado superior, as resistências estão concentradas em US$ 3.350, US$ 3.385 e US$ 3.430. Para que o movimento comprador volte a mirar novas máximas, esses patamares precisam ser superados.
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