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O Fed sinalizou uma postura mais cautelosa e afastou a expectativa de aumentos imediatos dos juros.
A reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) ontem impulsionou a recuperação dos preços do ouro e da prata.
O ouro voltou a superar US$2.000, enquanto a prata mira um novo teste da resistência de US$26.
Depois de atingir um recorde acima de US$2.100 por onça no começo do mês, o ouro sofreu uma correção intensa.
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O mesmo ocorreu com a prata, que não conseguiu ultrapassar a barreira de US$26 por onça.
No entanto, o cenário mudou com a última reunião do Fed deste ano, ontem, marcada por um tom menos rígido de Powell e seus colegas. Esse fato aproxima a possibilidade de um ciclo de redução dos juros, que pode começar na reunião de março do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Além disso, várias condições macroeconômicas estão favoráveis aos indicadores técnicos para o mercado de metais preciosos, abrindo espaço para outra alta prolongada, especialmente para o ouro, que se beneficia de um ambiente de queda dos juros.
Ainda que não tenha sido oficializado, o fim do ciclo de alta dos juros parece próximo. Isso fica claro pelas afirmações de Jerome Powell, que disse:
"Os membros do Comitê não veem mais aumentos adicionais dos juros como adequados, mas também não eliminam essa possibilidade."
Embora ainda exista uma pequena chance de retomada dos aumentos, a probabilidade é baixa e depende de um evento imprevisível.
Essa visão é corroborada pelos dot plots do Fed, que mostram uma tendência forte para cortes nos juros nos próximos anos.
Atualmente, a projeção mediana para o futuro indica um nível de 4,6%, o que significa pelo menos quatro cortes de 0,25 ponto cada em 2024. A probabilidade também aumentou para o primeiro corte dos juros, apontando para 60% em março.
Esse cenário ocorre em meio a um crescimento relativamente forte do PIB e um robusto mercado de trabalho, que, porém, com a inflação em baixa, não devem influenciar muito as decisões de corte das taxas de juros.
Nos últimos dias, o movimento corretivo dinâmico continuou, levando o metal precioso a ficar um pouco abaixo da barreira psicológica de US$2.000 por onça.
O teste crucial da força dos touros será a zona de resistência local que fica em torno de US$2040 por onça. Se os compradores conseguirem romper essa zona, então o próximo alvo natural será os recordes históricos localizados perto de US$2150 por onça.
A prata, assim como o ouro, nos últimos dias se moveu dentro de um impulso descendente dinâmico, que, tecnicamente, representou uma nova tentativa de romper a área de resistência chave, que está na faixa de preço de US$26 por onça.
Se essa barreira puder ser superada, então o foco dos touros será nos máximos de 2021, que estão em US$30 por onça.
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Aviso: este artigo tem fins puramente informativos e não representa qualquer recomendação ou oferta de investimento.
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