Em maio, tanto as cotações do cordeiro vivo quanto da carcaça estiveram em queda na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com colaboradores, as desvalorizações dos produtos de origem ovina foram influenciadas pela retração da demanda – a atual crise por causa da pandemia de covid-19 parece começar a reduzir o poder de compra de parte da população, que, por sua vez, pode estar adquirindo proteínas mais competitivas. Ainda de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, em algumas regiões, praticamente não houve comercialização. Este é o caso do Ceará, onde grande parte das negociações é realizada em feiras, que tiveram as atividades limitadas diante das medidas de isolamento adotadas pelo estado.
O Rio Grande do Sul foi a região em que as cotações do cordeiro vivo recuaram com mais força, passando de R$ 7,00/kg em abril para R$ 6,50/kg em maio, queda de 7%. Em Mato Grosso do Sul, os preços caíram de 5% no mesmo período, com o animal negociado, em média, a R$ 7,63/kg. Em São Paulo, a baixa foi de 3%, com o cordeiro vivo negociado na média de R$ 9,22/kg em maio. Os animais comercializados no Paraná, por sua vez, registraram desvalorização de 1%, com o quilo passando de R$ 8,30 em abril para R$ 8,25 em maio. Quanto à carcaça ovina, no Paraná, os preços recuaram 1%, passando de R$ 19,85/kg em abril para R$ 19,71/kg em maio. Em São Paulo, os valores se mantiveram praticamente estáveis, com o quilo da carne comercializada, em média, a R$ 19,08.