Investidores de todos os ativos, uni-vos.
Uni-vos pelo fim do Capitalismo.
Ou, mais precisamente, pelo extermínio da palavra “Capitalismo”.
Ela não tem sentido algum.
Ei, fique claro, nada contra o sistema econômico em que vivemos.
Tudo a favor.
Graças a ele, conseguimos fazer nos últimos 200 anos algo que não fizemos nos penúltimos 150 mil anos.
Praticamente todo o progresso econômico da humanidade foi conquistado a partir de 1800.
E trata-se de um progresso espetacular, durante o qual a renda real per capita do mundo aumentou não em +100%, nem em +200%, mas sim em +3.000%.
O que aconteceu de tão especial de 1800 para cá?
Dica: a resposta não está na acumulação de capital, etimologia do Capitalismo.
É óbvio que capital é uma condição necessária para crescer, mas está longe de ser suficiente.
Trabalho também é necessário, mas longe de suficiente.
E o mesmo vale – pense bem – para o oxigênio. Sem oxigênio, todos paramos de respirar, e não há crescimento do PIB.
Mas não é por isso que vamos chamar nosso sistema econômico de Oxigenismo, correto?
Valorizamo-nos em +3.000% nos últimos dois séculos graças, principalmente, a outra coisa: boas ideias.
Um jardineiro francês teve o lampejo de fazer concreto armado em 1867, combinando cimento com telas.
Um caminhoneiro americano inventou o transporte de contêineres em 1952.
Enfim, ideias desse tipo.
E a grande mãe dessas boas ideias, que possibilitou todas elas, é a seguinte:
Se você deixa as pessoas livres, elas se tornam surpreendentemente criativas.
O que significa “deixar as pessoas livres?”.
Livres para testar coisas novas.
Livres para dizer não, caso estejam desconfortáveis.
Pronto, não precisa muito mais do que isso. Você adiciona capital, trabalho e oxigênio à mistura, bota no fogo por 200 anos, e fica +3.000% mais rico.
Quem me ensinou isso foi a professora Deirdre McCloskey.
Ainda ontem, tivemos uma aula presencial com ela.
Foi bem legal.
Imagine que eu e o Felipe somos fãs da McCloskey desde 2004, quando aprendemos na faculdade sobre um estudo original dela em Retórica na Economia (ao que parece, ela nunca ouviu falar do Pérsio Arida).
Quatorze anos depois, por causa dos leitores da Empiricus, conseguimos trazer a professora para cá.
Alguém foi louco de nos deixar livres nesses últimos quatorze anos.
Agora, em retribuição, fazemos o mesmo com o Vinícius Bazan.
Quando ele disse para sua família que iria mergulhar no mundo das criptomoedas, todos riram da cara dele.
Aí o Vinícius sentou na frente do computador e construiu seu patrimônio, aplicando uma boa ideia.
Se você estiver livre também, estou certo de que ele pode ajudá-lo a fazer o mesmo.