🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Petro Ladeira Abaixo

Publicado 25.02.2015, 16:53
US500
-
USD/BRL
-
PBR
-

Contra a gourmetização da economia

Este minuto é um manifesto contra a gourmetização do mundo, à tendência atual de atribuir a tudo uma roupagem superficial na tentativa de mascarar a essência da coisa.

Ontem recebi crítica por email ao desqualificar a “água gourmet” na enquete dos R$ 5. 

Ora, se água é incolor, inodora e insípida, qual a virtude de uma água gourmet? O preço?

Em um mundo em que picolé virou “paleta”, tira-gosto virou “finger-food”, e trailer de lanche é “foodtruck”, segurar o dólar virou “suavizar volatilidade” e rombo fiscal virou “escorregadinha”.

Algumas gourmetizações são perigosas. E todas - sem exceção - pesam no bolso.

Crise, que crise?


Varredura matinal dos noticiários para elaboração do M5M desta quarta-feira...

Valor Econômico

Talvez seja precipitado falar em “crise”...

Há alguma palavra gourmet para resumir o retrato acima?

A coisa vai ficar mais séria

A despeito de nuances semânticas, a crise brasileira está dada, ninguém mais questiona a fragilidade dos fundamentos internos diante de fatos como a estagnação, a inflação acima do teto da meta (& contando), o rombo nas contas públicas, o dólar próximo de R$ 3...

Depois que, rigorosamente, todos os 10 elementos projetados na tese O Fim do Brasil se materializaram com velocidade espantosa, temos nos preocupado com algo maior.

Como uma economia baseada em commodities e de moeda frágil, tradicionalmente, portanto, sensível a choques externos e, pior, fragilizada, lidaria com um grande colapso econômico em nível global, com as consequências acumuladas e adiadas da contenção da crise do subprime1?

Temos falado nos últimos dias sobre o descompasso da economia mundial.

A velocidade de deterioração e risco relacionado à postergação da ressaca (que faz suas consequências aumentarem) também é espantosa.Tornando curta uma história longa, o excesso de intervencionismo dos Bancos Centrais, e dos governos em geral, adotado desde a crise de 2008 para salvar a economia mundial do colapso do sistema financeiro, embora necessário, levou a uma grande armadilha.

Fomentamos a maior bolha de ativos da história e arcaremos com as consequências.Basicamente, a sociedade transferiu aos Bancos Centrais seu excesso de endividamento. As autoridades monetárias assumiram para si as mazelas da população e adicionaram outros US$ 12 trilhões de moeda ao sistema financeiro mundial.Cedo ou tarde, isso haverá de voltar para a sociedade. 1 “marolinha”, no termo gourmet

A real “motivação” dos mercados Ou, o (outro) gráfico que muda tudo


Esse excesso de intervencionismo governamental suaviza a volatilidade e esconde uma série de problemas relevantes, ao alimentar a tomada exagerada de riscos e estimular a tomada de dívidas, mas desde já não esconde alguns desequilíbrios gritantes.

Temos Bolsas mundiais em patamares recordes históricos de alta diante da farra do dinheiro fácil e barato. Com economias em recessão ou estagnação, algumas enfrentando deflação e sob revisões negativas nas projeções de lucros e investimentos das empresas.

Qual a real “motivação” dos mercados?

O Fed ou os fundamentos?

Índice S&P 500

Petro ladeira abaixo

O rebaixamento da classificação de risco da Petrobras para grau especulativo provoca o derretimento das ações.

Dentre os inúmeros problemas de Petro, o maior deles, na minha opinião, é o estrangulamento da estrutura de capital. O alerta é antigo: as contas da estatal simplesmente não fecham.

A maior dívida corporativa do mundo, 70% em dólar, sem balanço, e, portanto, sem alternativa de captação via tomada de mais dívida, tendo de tocar o maior plano de investimento do mundo e ainda pagar dividendos para alimentar superávit primário do governo... Algo que não encaixa.

Polilema impossível, cuja saída (talvez única) seja pedir mais dinheiro para o mercado via emissão de novas ações, ainda mais agora que a captação via emissão de mais dívida fica cada vez mais cara.

A esta altura do campeonato, todos estão cansados de saber do problema. No mercado de dívida, os títulos da Petrobras já pagavam prêmio semelhante aos títulos de empresas de grau especulativo, ou “junk”.

Portanto, o rebaixamento pela agência de classificação de risco, apesar de ser a segunda vez no ano e de manter Petro sob observação negativa para possível rebaixamento adicional, na verdade é tardio e reativo.

A presidente Dilma, no entanto, afirmou que o rebaixamento revela “falta de conhecimento sobre Petrobras”.
 Ela precisa decidir se sabe ou se não sabe da Petrobras.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.