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Petróleo: custos maiores impedem crescimento mais forte da produção nos EUA

Publicado 29.06.2023, 11:42
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  • Crescimento mais lento da produção de petróleo e gás gera preocupações quanto à factibilidade das previsões da EIA.
  • Os custos mais altos de perfuração criam novos desafios para empresas de pequeno porte, mas geram oportunidades de aquisição para empresas maiores.
  • As restrições de caixa e os custos maiores desincentivam as empresas a aumentar a produção, apesar da possibilidade de preços mais altos para o petróleo.
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  • O Federal Reserve de Dallas acaba de divulgar um levantamento sobre o desempenho das empresas de petróleo e gás localizadas no Texas, sul do Novo México e norte da Louisiana para o segundo trimestre. No total, responderam à pesquisa 152 empresas de exploração e produção (E&P), bem como de serviços para campos petrolíferos. Essas empresas abrangem tanto pequenas companhias de E&P (produção abaixo de 10.000 barris por dia) quanto empresas de grande porte, com produção de 10.000 barris por dia ou mais.

    Os três pontos mais importantes desse levantamento para os investidores do setor são os seguintes:

    1. Crescimento menor da produção gera preocupações quanto à factibilidade das previsões da EIA

    No segundo trimestre, a produção de petróleo e gás aumentou, porém em um ritmo mais lento em comparação ao primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que a atividade permaneceu estável.

    Isso sugere que podemos esperar um crescimento ainda menor na produção no terceiro trimestre. Considerando que a região mais produtiva dos Estados Unidos está apresentando uma desaceleração no crescimento da produção, com a atividade estagnada, surge a dúvida se os Estados Unidos conseguirão atingir a taxa de produção prevista pela EIA (Administração de Informações Energéticas) em 2023.

    De acordo com o mais recente relatório da agência sobre as perspectivas de curto prazo para o setor, a previsão é de que a produção média diária dos EUA seja de 12,61 milhões de barris em 2023, representando um aumento em relação à projeção de janeiro, que era de 12,4 milhões de barris por dia.

    No entanto, se as empresas de E&P possuem poços perfurados mas não completados (DUCs) e passíveis de aproveitamento, é possível que ocorra um aumento no crescimento da produção nos terceiro e quarto trimestres deste ano, mesmo com o crescimento limitado da atividade. Isso pode acontecer mesmo que a região do Permiano não registre mais crescimento neste ano, uma vez que as empresas relatam que os custos continuam aumentando. Nesse caso, é provável que os Estados Unidos não alcancem as previsões de crescimento da produção da EIA.

    2. Custos maiores de perfuração podem aumentar consolidação no setor

    Enquanto as empresas de pequeno porte esperem incorrer em custos maiores de perfuração de completação neste ano, as grandes empresas do setor mantêm a expectativa de queda nessas despesas.

    Essa situação torna ainda mais difícil para as pequenas companhias aumentarem a produção. A falta de capacidade de crescimento levanta dúvidas sobre a sustentabilidade dos seus negócios. Embora possam conseguir manter a produção nos poços já em uso, a vida útil dos poços fraturados no Permiano é significativamente menor do que a dos poços perfurados convencionalmente.

    Se as empresas de pequeno porte tiverem áreas de interesse atraentes, é provável que sejam adquiridas por empresas maiores, sobretudo no momento em que os preços do petróleo permanecerem abaixo de US$ 80 por barril. Se as empresas maiores disporem de recursos financeiros para adquirir empresas menores com arrendamentos em regiões produtoras desejáveis, o momento oportuno para tanto parece ser agora.

    3. Custos elevados reduzem interesse por mais perfurações

    Esse foi um tema comum nos comentários feitos pelas empresas de E&P na pesquisa. Muitas companhias revelaram que poderiam facilmente aumentar a produção com preços mais altos do petróleo ou mais investimentos, se tivessem mais recursos financeiros ou se os custos fossem mais baixos.

    Embora os custos de perfuração não estejam aumentando tão rapidamente quanto no ano passado, ainda estão em alta. Enquanto isso, os preços do petróleo estão em queda, o que dificulta os esforços de captação.

    Isso significa que, se os custos diminuíssem ou os preços do petróleo subissem, as empresas aumentariam a produção. A questão não é a falta de áreas de interesse de qualidade ou o desejo de retornar valor aos acionistas em vez de produzir mais petróleo. É possível aumentar a produção, mas os custos são proibitivos para muitas empresas.

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    Aviso: A autora não tem em carteira nenhum dos ativos mencionados neste artigo.

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