Petróleo: tendência de alta pode continuar com risco de oferta e acordo EUA-China

Publicado 12.06.2025, 11:03
  • Os preços do petróleo subiram 5% com a expectativa de que um acordo entre EUA e China estimule a demanda.
  • As tensões com o Irã e o impasse nas negociações nucleares aumentam o risco de conflito regional e alta abrupta nos preços.
  • Déficits de oferta da Opep+ e queda nos estoques dos EUA indicam possível escassez de petróleo no curto prazo.
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Os preços do petróleo saltaram até 5% na última sessão, com o WTI se aproximando da marca de US$ 70 por barril. A principal força por trás do movimento foi a divulgação de sinais positivos sobre um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China, embora ainda não haja uma conclusão oficial.

Paralelamente, as negociações com o Irã em torno de seu programa nuclear seguem travadas. Em caso de colapso total no diálogo, cresce o risco de escalada militar — um fator que historicamente exerce pressão altista sobre os preços da commodity.

Além disso, os estoques de petróleo nos EUA recuaram além do previsto pelo terceiro mês consecutivo, o que reforça a percepção de restrição na oferta.

Petróleo segue sensível ao ambiente geopolítico

Entre os vários desdobramentos da disputa tarifária, o eixo EUA-China permanece como o mais relevante para os mercados financeiros — inclusive o de petróleo. Segundo o comunicado mais recente, o entendimento estaria praticamente finalizado, dependendo apenas da assinatura dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping. Ainda assim, a imprevisibilidade do cenário impede qualquer conclusão definitiva.

O mercado já começa a precificar uma retomada do comércio bilateral, com destaque para os setores de semicondutores e metais raros, considerados peças centrais nas negociações. Um acordo duradouro e equilibrado entre as potências contribuiria para acelerar o crescimento global, o que tende a ampliar a demanda por petróleo.

A decisão dos EUA de retirar parte do corpo diplomático de sua embaixada em Bagdá foi interpretada como um indicativo negativo para o avanço nas tratativas com o Irã. Fontes envolvidas nas negociações apontam que Teerã endureceu sua posição, reduzindo as chances de um entendimento que trocaria restrições ao programa nuclear por alívio nas sanções ocidentais.

Num cenário extremo, os EUA poderiam conduzir ataques às instalações nucleares iranianas, o que poderia levar a uma retaliação regional por parte do Irã — aumentando consideravelmente os riscos de oferta no mercado de petróleo.

A Opep+ anunciou no mês passado uma elevação de 310 mil barris por dia em sua produção, mas conseguiu aumentar apenas 180 mil barris, com destaque para a dificuldade enfrentada por grandes produtores, como a Arábia Saudita, em ampliar sua capacidade conforme o planejado.

Essa limitação de oferta, somada à queda nos estoques americanos, reforça o risco de escassez de curto prazo no mercado global — especialmente se houver retomada do comércio internacional e crescimento mais robusto nos EUA.

Preço do WTI se aproxima de zona técnica de oferta

Análise técnica do petróleo WTI
O WTI rompeu a resistência técnica situada em torno de US$ 65 por barril, abrindo espaço para novos avanços. O próximo alvo relevante para os compradores está na faixa dos US$ 72, região onde teve início um forte movimento de venda no início de abril.

Possíveis correções de preço devem encontrar suporte na confluência entre a linha de tendência de alta e o antigo nível de resistência, que agora atua como suporte técnico. Em um cenário mais agressivo de valorização, a superação da barreira de US$ 72 poderia levar o petróleo a buscar as máximas do ano, ligeiramente abaixo de US$ 80 por barril.

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