Petróleo segue em queda, com foco em negociações de paz e sanções à Rússia

Investing.com – Os preços do petróleo permaneceram praticamente estáveis nas negociações asiáticas desta segunda-feira, após perdas semanais de cerca de 3%, enquanto os investidores avaliavam as perspectivas de um possível acordo de paz na Ucrânia e o impacto das novas sanções dos Estados Unidos às exportações de petróleo da Rússia.

Às 7h30 Brasília, os contratos futuros do Petróleo Brent para janeiro recuavam 0,48%, cotados a US$ 61,64 por barril, enquanto os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) caíam 0,09%, para US$ 57,76.

Ambos os contratos encerraram a sexta-feira em baixa superior a 1%, atingindo as mínimas de um mês e acumulando quedas semanais próximas de 3%.

Negociações de paz entre EUA e Ucrânia pressionam cotações

Os Estados Unidos e a Ucrânia chegaram a um entendimento sobre uma estrutura de paz “revisada e aprimorada” para o conflito com a Rússia. O novo plano, uma versão ajustada de um rascunho anterior de 28 pontos, havia sido criticado por Kiev e seus aliados por favorecer excessivamente Moscou.

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Se o acordo avançar, ele poderá abrir espaço para o retorno gradual das exportações de petróleo russo, com a possível suspensão de sanções, o que aumentaria a oferta global e limitaria os preços.

“Um desfecho imediato é improvável. Entre os pontos de impasse estão a eventual cessão de território pela Ucrânia e restrições ao tamanho de suas forças armadas. Kiev também exigiria garantias de segurança claras e vinculantes como parte de qualquer tratado”, afirmaram analistas do ING em relatório.

Sanções dos EUA contra petroleiras russas seguem no radar

Ao mesmo tempo, o foco do mercado permanece nas sanções impostas pelos EUA às petroleiras russas Rosneft e Lukoil, em vigor desde 21 de novembro.

As restrições bloqueiam as principais rotas de exportação de petróleo russo e proíbem compradores internacionais e instituições financeiras de conduzir transações com essas empresas.

Embora as sanções tendam a limitar a oferta global, o avanço das conversas de paz tem funcionado como contrapeso, reduzindo o ímpeto de alta dos preços.

“Os desdobramentos ligados a um eventual acordo de paz são especialmente relevantes para o mercado de petróleo, dada a incerteza sobre o alcance das sanções impostas recentemente à Rosneft e à Lukoil”, observaram os analistas do ING.

“Um acordo, se confirmado, aumentaria a chance de flexibilização ou aplicação menos rigorosa dessas medidas”, acrescentaram.