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PGBL e VGBL: Qual é a diferença entre eles?

Publicado 08.09.2022, 13:49
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Você sabia que os planos de previdência têm um grande benefício tributário em relação a investimentos de renda fixa tradicionais?

Enquanto na tabela regressiva o imposto mínimo que se paga é 15% (após 2 anos), nos planos de previdência, o mínimo que se paga é 10% (após 10 anos). 

Ou seja, se você realmente quer pensar no longo prazo e não quer ficar trocando de investimentos o tempo todo, essa estratégia é uma das mais interessantes para se pensar. 

Qual a diferença entre PGBL e VGBL?

A diferença entre o PGBL e o VGBL é que a incidência de imposto do VGBL é apenas sobre os rendimentos, igual ao Tesouro, enquanto no PGBL o imposto é sobre o montante total investido. 

Isso poderia ser um ponto contra o PGBL, porém, por outro lado, ele te permite reduzir a base de cálculo do imposto de renda em até 12% do seu salário bruto. 

Vamos ver um exemplo de como o PGBL funciona na prática?

Suponha um salário de R$ 5.000,00. Depois de 1 ano, eu teria um salário total bruto de R$ 67.000,00 aproximadamente. 

R$ 5.000 x 12 + 13º + férias

Separando 12% desse meu total, eu teria:     

R$ 67.000 x 12% = 8.040,00

Assim, a base de cálculo do meu IR cairia de R$ 67.000 para R$ 58.960,00

R$ 67.000 - R$ 8.040 = R$ 58.960

O imposto de renda que eu pagaria iria de R$ 18.425,00 (R$ 67.000 * 0,275%) para R$ 16.214,00 (R$ 58.960 * 0,275%), ou seja, uma economia de R$ 2.211,00. 

O valor economizado poderia ter um novo destino nos seus investimentos, por exemplo, um título de renda fixa tradicional. 

Se você consegue descontar esses valores do IR, o PGBL acaba se sobressaindo aos outros investimentos. 

Mas lembre-se: se você é autônomo, ou recebe via dividendos, e não paga IR, o PGBL não terá um benefício maior que o VGBL. 

Dessa forma, a decisão seria a seguinte: 

 

 

Por que "PGBL +”? Coloquei o “+” para sabermos que a estratégia depende do benefício da dedução no IR ser reinvestido. Caso contrário, o PGBL não seria melhor em relação ao VGBL. 

Tabela progressiva ou regressiva?

Também podemos escolher entre a tabela progressiva e regressiva do IR, mas para fazer essa escolha assertivamente, precisaríamos saber qual o nosso salário ao longo da nossa vida, o que é impossível. 

Como é razoável imaginar que ao longo do tempo ganharemos mais, e não menos, eu gosto sempre de escolher a tabela regressiva. 

Depois de escolher a forma do bolo, teremos que escolher a massa. Ou seja, qual fundo de previdência vamos investir. 

Essa decisão tem que ser baseada em consistência de performance: a rentabilidade do fundo escolhido é consistentemente maior do que a do benchmark?

Se for um fundo de renda fixa, ou multimercado, o retorno teria que ser maior que o CDI. 

Para calcular qual seria o melhor investimento, utilizamos uma taxa nominal média do período de 11%, ou seja, abaixo dos 13,75% atuais da Selic. Implicitamente, estou imaginando que para os próximos anos nossos juros nominais cairiam e se estabilizariam depois nessa média. 

O que percebemos alterando os valores da tabela é que, no caso do VGBL, para que ele seja mais rentável que o Tesouro Direto, ele teria que ter as seguintes rentabilidades (dadas as taxas de carregamento cobradas): 

 

 

Ou seja, se seu prazo para a aposentadoria for de 10 anos a partir de hoje e se seu fundo cobrasse uma taxa de carregamento de 1%, a rentabilidade mínima que ele teria que apresentar no período seria de 97,55% do CDI de acordo com a primeira tabela. 

Já se você só estivesse planejando se aposentar daqui a 30 anos, a rentabilidade mínima para um fundo que cobra um carregamento de 0% seria 97,73% do CDI. 

Para os fundos da estratégia PGBL +, os valores seriam diferentes, ficando da seguinte forma:

 

Ou seja, para a aposentadoria em 10 anos, seu fundo com carregamento de 1% teria que render acima de 62,19% do CDI do período para ser melhor que o Tesouro Direto. 

É um valor bem mais baixo que o VGBL por conta do benefício da restituição do IR. 

Como calcular a rentabilidade do fundo?

Calcular ao certo não tem como, mas analisar os retornos passados e como o fundo se comportou em relação ao CDI nos últimos anos é uma boa estimativa de como ele deve se comportar no futuro. 

Lembre-se de olhar períodos variados, passando por crises e vendo como o fundo se comportou. Em 12 meses, por exemplo, é difícil fazer qualquer inferência fidedigna sobre a consistência do fundo. 

Peça ao seu corretor ou banco que ofereceu o plano de previdência uma tabela de qual foi a rentabilidade do fundo nos 3 últimos anos. Digamos que foi 5,05% em 2019, 2,70% em 2020 e 4,07% em 2021. 

Depois, digite no Google “Calculadora do cidadão Banco Central do Brasil”. Clique no primeiro resultado e vá na aba “CDI”, colocando os intervalos de ano. Exemplo: para a Selic de 2019, coloque como data inicial “01/01/2019” e final “01/01/2020”, e terá uma rentabilidade no período de 5,95%. Para 2020, seria 2,75%, e para 2021, 4,42%.

Nesse exemplo, a rentabilidade em % do CDI do seu fundo foi: 2019 = 84,87% (5,05/5,95), em 2020 = 98,18% (2,70/2,75) e 2021 = 92,08% (4,07/4,42). 

Esse fundo está rendendo em torno de 89,77% do CDI. Então vamos imaginar que ele fique por aí. 

Se ele fosse um VGBL, não valeria a pena investir nele. De acordo com a tabela, para prazos de 30 anos para a aposentadoria, o interessante seria taxas próximas a 98%. Já se ele fosse um PGBL, na estratégia PGBL +, seria, sim, interessante investir nesse fundo. 

O ideal é buscar fundos que rendem em torno de 100% do CDI com 0% de carregamento.

A tabela abaixo mostra o quanto a sua estratégia de investir em fundos de previdência seria melhor do que investir em Tesouro Direto pós-fixado, se fosse o caso dos 100% do CDI: 

 

Podemos perceber, por meio dessa tabela, que a grande diferença está no PGBL +. O VGBL em relação ao Tesouro pós-fixado tem uma diferença pequena. O benefício seria de no máximo 104,91% depois de 30 anos. 

Isso se o PGBL rendesse 100% do CDI com 0% de carregamento. Além disso, você correria o risco de mudança de gestor e performance ruim. 

Eu particularmente não acho que vale a pena travar um investimento por tanto tempo para ganhar 105% do CDI. 

Isso poderia ser facilmente alcançado com uma LCA (isenta) que paga 90% do CDI. Atualmente, encontramos com facilidade LCAs de bancos seguros rendendo 95% do CDI, e ainda com liquidez diária após 90 dias. 

Porém, a estratégia do PGBL + já fica bem atrativa, à medida que te rende até 128% do CDI ao longo do tempo. 

Essa já seria uma rentabilidade difícil de achar sem que se corra muito risco. 

Embora eu a recomende, não posso deixar de lembrar que você só pode fazer a estratégia com até 12% do seu salário bruto do ano. 

Então, para saber o limite das contribuições mensais, é só pegar o seu salário e multiplicar por 0,133333. Se você ganhar, digamos, R$ 5.000,00 por mês, você poderia contribuir com no máximo R$ 5.000 * 0,133333 = R$ 666,66.

Uma ótima semana!

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Últimos comentários

Cuidado para nao ser enganado por gerentes e “ especialistas” vigaristas do banco onde voce tem conta como eu e minha mãe fomos.
Investimentos tanto PGBL e VGBL de vida útil na prontidão do trabalho comercial sob medida econômica. Procedimento de renda fixa, com 100% do CDI com 0% carregamento. O segundo relação ao Tesouro pós-fixado, cujo benefício seria no máximo 104,91% depois de 30 anos de contribuição.
Resumindo...tanto um quanto ao outro é fria....
É fria.
Além, é claro, que não devemos desconsiderar o fator "HERANÇA", já que valores investidos em previdência (PGBL e VGBL) não entram no total a ser transmitidos aos herdeiros, já que são previamente designados. Ou seja, o advogado não "morderá" os honorários dessa distribuição.
O 13° salário não entra para a base de cálculo dos 12% anual para efeito do benefício tributário do PGBL, já que a tributação é exclusiva e definitiva.
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