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Pode ser Lula ou Bolsonaro: Dólar é para Baixo!

Publicado 11.10.2022, 08:06
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Quem acompanha o mercado de Dólar tem percebido que a questão política (quem será o próximo presidente, por exemplo) não está preocupando muito os investidores. Como nós sabemos disso? Através da volatilidade, pois é ela que mostra claramente se o mercado está apreensivo ou não.

Pois bem, estamos em uma das menores volatilidades da história durante uma eleição presidencial. Isso tem alguns motivos, mas o principal seria que o Governo Bolsonaro, junto com seu Ministro da Economia Paulo Guedes, está fresco na cabeça dos investidores e, na grande maioria, o pessoal gosta do modelo de leitura liberal do ministro. Logo, em uma possível reeleição, o mercado já sabe o que esperar.

No caso de uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, leva-se em consideração nomes que também eram pró-mercado que já trabalharam com ele no passado, como o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Além dele, nada menos que os economistas que criaram o Plano Real anunciaram o apoio à Lula. Entre os quais estão: Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda; Armínio Fraga e Pérsio Arida, ex-presidentes do Banco Central; e Edmar Bacha, ex-presidente do BNDES, que atuaram no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.

Ou seja, o mercado não acredita em fortes rupturas de políticas econômicas. Consequentemente, o mercado de câmbio tem tido uma das maiores sequências estáveis nos apontamentos semanais do Boletim Focus (do Banco Central), cujas estimativas há meses mostram que o dólar deve fechar o ano em R$5,20.

Dados da B3 (BVMF:B3SA3) sobre a posição em dólar futuro, mini dólar e cupom cambial (DDI) mostram que, desde que o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais foi conhecido, os investidores institucionais locais ampliaram a posição vendida em dólar (que ganha com a queda da moeda americana) de US$ 54,047 bilhões em 30 de setembro, último pregão antes do primeiro turno da eleição, para US$ 58,448 bilhões na quinta. Ou seja, se desfizeram de dólares em volume equivalente a US$ 4,401 bilhões no período. O dólar, que rondava os R$ 5,40 antes do primeiro turno, caiu a R$ 5,21 na sexta-feira.

Claro que, no contexto acima citado, não estou levando em consideração pioras inflacionárias, aumentos de taxas de juros mais agressivas nas economias desenvolvidas, possíveis novas variáveis do Covid ou alguma piora na Guerra entre Rússia e Ucrânia. Meu foco foi isolar o contexto e apenas basear minha expectativa focando no resultado do segundo turno.

E pra quem gosta de preço cravado, assim como modestamente cravei todos que escrevi desde que sou colunista aqui no Investing.com, seja Lula ou Bolsonado, o dólar deve ir para R$4,80 no primeiro trimestre do ano que vem.

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