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Por Que o Dólar Não Caiu Mais?

Publicado 29.06.2021, 05:00
Atualizado 11.10.2023, 23:02

A reforma tributária está “engasgada” com as propostas da 2ª fase por prever uma carga tributária maior para o lucro corporativo para bancar a faixa isenta do IRPF. Pode ser que mude o teor desta proposta e existam dificuldades políticas em aprovar.

Essa reforma mais a CPI da Covid dão o tom do risco populista. O mercado se sente traído pelas mudanças das regras na reforma com a “punição” as empresas. Por isso, não caiu mais o dólar nesta segunda feira, ainda ecoando a situação de sexta-feira da semana passada. Ontem, o dólar chegou a bater R$ 4,9716.

Por enquanto, a culpa é da reforma tributária que trouxe um desestímulo aos investimentos pretendidos, mas olhemos também para a decepção com os investimentos diretos no país (IDP) que em maio somou apenas US$ 1,229 bilhões, menor saldo para o mês em 14 anos.

Creio que o Brasil ainda é uma ótima alternativa e a B3 (SA:B3SA3) caminha para recorde de investimento estrangeiro neste semestre. O ciclo de alta das commodities e a melhora da projeção para o PIB dissipam preocupações de curto prazo com as contas públicas atraindo o capital para o país. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou alta de 3,4 pontos em junho na comparação com maio, atingindo 107,6 pontos. A questão agora é de quanto tempo o mercado precisa para “digerir” movimentos que lê com ruins para voltar a acreditar na atratividade de fluxo de capital estrangeiro.

Mesmo assim, existem preocupações pontuais principalmente políticas e com a pandemia, além é claro com a inflação dos EUA e ritmo da retirada de estímulos.

Ontem, saiu dado de que a dívida pública subiu 1,61% e fechou maio em R$ 5,17 trilhões. O Tesouro Nacional realizou emissões acima da média dos últimos 12 meses. Agora, vejamos o mercado de trabalho: apesar da melhora da atividade econômica acima do esperado e do crescimento da população ocupada, o mercado de trabalho ainda sofre os efeitos da pandemia da covid-19, com alta no desemprego, subocupação e desalento, segundo análise sobre as perspectivas para 2021, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Em março, a taxa de desocupação ficou em 15,1%, ou 2,3 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período de 2020. O aumento do desemprego se deve a uma queda mais abrupta no fluxo de saída do desemprego do que no fluxo de entrada, indicando que os trabalhadores estão passando mais tempo na desocupação. O cenário, contudo, é favorável para 2021. Para os próximos meses, a expectativa é de que o movimento de recomposição da força de trabalho se intensifique. O avanço da vacinação combinado à retomada mais forte da atividade econômica deve ampliar a geração de empregos.

Nos EUA, o Federal Reserve está dividido, mas predomina o argumento do chairman Jerome Powell de que a inflação é transitória. E, com isso, esfria a urgência no início da retirada de estímulos da economia. Alivio para nós e os emergentes em geral. Mas é certo que uma hora isso vai acontecer e os falcões não vão desistir das pressões para que o tapering comece logo.

O boletim Focus de ontem elevou as estimativas da inflação este ano de 5,9% para 5,97%, em relação ao IPCA de 2022, as estimativas foram mantidas em 3,78%, enquanto 2023 ficaram em 3,25%. Para as estimativas do PIB no fim do ano houve avanço projetado de 5% contra 5,05% na última semana e 3,96% há quatro semanas. Para 2022, a estimativa de expansão subiu de 2,1% para 2,11%. Para 2023 e 2024, foi mantida em 2,5%. Selic de 6,5%, a mesma projeção da última semana. Para o câmbio as apostas foram mantidas em R$ 5,10, contra R$ 5,30, há quatro semanas.

A meu ver, não devemos ajustar em baixa as apostas para a Selic que estão em 6,5% para 2021 porque o próprio banco central já admitiu juro no patamar neutro. Apesar do efeito inflacionário, é possível que um novo ajuste de 0,75 ponto dê conta. Segundo presidente do BC, Roberto Campos Neto, o mercado está mais otimista sobre o PIB do que o próprio BC, que projeta 4,6% contra 5% mercado (Focus). Mas até a próxima reunião do Copom temos que observar a crise hídrica também.

Impostos tiveram aumento na arrecadação com alta das vendas on-line. O crescimento do e-commerce até maio aumentou 153% se comparado com maio 2019.

Hoje teremos IGP-M junho, podemos saber o ritmo de crescimento da atividade econômica e da inflação. Olhar de perto a questão de bens industriais e preços da energia com a crise hídrica. Nos EUA sai confiança do consumidor.

E amanhã é dia de Ptax.

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Informações úteis de fácil leitura, Sou muito grato, tem me ajudado bastante.
muito boa análise.
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