Jackson Hole, 11h. Todos os olhos em Jerome Powell, chairman do Federal Reserve e os possíveis sinais sobre os próximos movimentos de política monetária nos EUA, fato aguardado desde os operadores de mercado financeiro até o presidente americano.
No mercado financeiro, os bull (acreditam num mercado em alta) continuam a confiar que um ciclo renovado de cortes de juros pode estimular a manutenção e até o aumento de posições em bolsas de valores e ativos mais arriscados.
Este apetite pelo prêmio de maior risco pode beneficiar inclusive emergentes, os que sofreram consideravelmente nos últimos dias, devido à surpresa das eleições argentinas, deflagrando um movimento global ao dólar e aversão ao risco.
Ainda assim, os discursos mais recentes de membros do Fed e a ata da última reunião do comitê federal de mercado aberto (FOMC) foram longe de animadores para aqueles que creem que os EUA em chances de continuar a estimular sua economia, apesar dos sinais positivos até agora emitidos. O mais ansioso de todos é o presidente Trump.
Para o Fed, a posição é difícil, pois vai desde corroborar a irresponsabilidade fiscal feita por Trump até agora e ceder aos seus constantes apelos por estímulo, inclusive em programas de alívio quantitativo, até operar dentro dos parâmetros macroeconômicos que dizem que uma economia em expansão não precisa de estímulos adicionais, sob pena de sofrer um evento inflacionário de grandes proporções.
Nem de longe esta é uma preocupação de Trump neste momento.
A reeleição é o que mais importa e sua fragilidade em meio ao eleitorado americano, principalmente nos purple states, aqueles estados que sempre votaram divididos entre democratas e republicanos cresce constantemente.
Ontem, o BCE renovou a perspectiva de novos estímulos no bloco europeu, aprofundando ainda mais os juros negativos, tudo numa tentativa de reestimular a economia, a qual anda a passos muito lentos, desde a crise de 2008, ou seja, mais de uma década de arrasto.
Os instrumentos do BCE estão limitados e o uso em profusão dos juros negativos carece muito de estudos para entender o quanto isso pode retornar como vantagens e estímulos ao investimento e ao consumo.
Localmente, o Brasil passa por um momento de renovação econômica, com uma série de indicadores de atividade ganhando força e diversos índices inflacionários abaixo das expectativas.
Porém, a questão amazônica tem sido um contraponto, ao menos internacional, ao Brasil. Existe uma reação programática em curso por parte do governo, mas como sempre, tudo ocorre depois de muito bate boca inútil. Bolsonaro enviou um tuíte positivo, seguindo de um bastante enérgico do General Heleno, para infelizmente Eduardo Bolsonar soltar um atacando Macron em forma de vídeo. Como sempre, não está fácil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por Jackson Hole.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, mesmo com crescimento das tensões comerciais entre Japão e Coreia do Sul.
O dólar opera em forte alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção ao minério de ferro e ao cobre.
O petróleo abre em queda, na expectativa por Powell.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,98%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0717 / 1,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,181%
Dólar / Yen : ¥ 106,63 / 0,179%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,359%
Dólar Fut. (1 m) : 4070,60 / 1,03 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,38 % aa (0,37%)
DI - Janeiro 23: 6,37 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,88 % aa (0,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,18% / 100.011 pontos
Dow Jones: 0,19% / 26.252 pontos
Nasdaq: -0,36% / 7.991 pontos
Nikkei: 0,40% / 20.711 pontos
Hang Seng: 0,50% / 26.179 pontos
ASX 200: 0,33% / 6.523 pontos
ABERTURA
DAX: 0,418% / 11796,10 pontos
CAC 40: 0,583% / 5419,67 pontos
FTSE: 0,770% / 7183,08 pontos
Ibov. Fut.: -1,25% / 100808,00 pontos
S&P Fut.: 0,366% / 2933,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,506% / 7750,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 76,42 ptos
Petróleo WTI: -0,13% / $55,28
Petróleo Brent:-0,17% / $59,82
Ouro: -0,07% / $1.496,96
Minério de Ferro: 0,78% / $92,73
Soja: -0,60% / $14,95
Milho: -0,89% / $361,00
Café: -0,65% / $92,25
Açúcar: 0,18% / $11,41