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Propaganda enganosa (estrelando, o Rei)

Publicado 24.03.2014, 09:08

Sobe no boato, cai no fato (ou, deveria cair)

É um tanto óbvio, mas o feedback é inevitável.

Passei o M5M de ontem falando sobre as disparadas de ações de estatais na expectativa (rumor) de uma tal pesquisa eleitoral que alimentaria a ideia de troca do governo.

Dito, feito.

A pesquisa veio. O problema é que o o rumor plantado não se confirmou: o Ibope apontou tendência rigorosamente igual para as urnas, sem a Dilma perder vantagem.

Hoje, era de se esperar que as ações de estatais devolvessem a subida no vazio...

Ahh, mas lembra que também conversamos sobre o mercado ser engraçado, para não dizer absurdo?

Ajudinha extra

As ações de Eletrobrás (ELET6), Petrobras (PETR4) e BB (BBAS3), protagonistas do movimento, acabaram saindo no lucro.

Receberam hoje uma ajudinha extra, gringa, da manutenção do rating americano em AAA.

Mas, apesar da sorte, seria um movimento sustentável destas três ações?

Fundamentos protagonistas...

O que está pegando para estas três?

BB - cresceu muito a carteira em um período de Pibinho, quando os demais bancos enxugavam a carteira. Fruto de uma tentativa de bombar o crédito (e estimular o crescimento). Desdobramentos óbvios? Base de ativos inchada e inadimplência aumentando em um período - ainda - de Pibinho.

Eletrobrás - totalmente voltada para fazer política de governo, por exemplo garantindo oferta em leilões de energia que não têm procura, ou aceitando preços absurdos (elevados deságios) quando o teto do preço de energia colocado pelo governo é baixo.

Petro - tem os problemas operacionais como uma constante, com grande dificuldade de aumentar a produção de forma consistente e cumprir metas operacionais. Governo enfiou um aumento de capital gigantesco da empresa goela abaixo do mercado e hoje tem na política de preços da estatal uma ferramenta para controle de inflação - como tem déficit de refino, Petrobras se vê obrigada a comprar combustível lá fora mais caro do que vende aqui dentro para abastecer o mercado interno.

Um movimento de alta sustentável destas ações passa necessariamente pelo endereçamento destes pontos. Não adianta. Tais papéis não subirão de forma consistente amarrados ao risco de ingerência política.

E o que temos/tivemos?

O ano da Copa, das eleições, dos feriados, e da ...........


Se aprendemos alguma lição com essa história toda, é que além de um mercado autista, louco ou engraçado, temos uma clara evidência de que qualquer respingo a respeito das eleições é ingrediente para grande volatilidade das ações.

Como falamos ontem, o resultado da pesquisa do Ibope era esperado, afinal, a campanha eleitoral está engatinhando. Se tivermos movimentos (ainda mais) bruscos, será daqui para frente.

Além do ano da Copa e dos feriados, este é o ano da volatilidade na Bolsa brasileira, que tende a se acirrar.

Não digo especificamente sobre as ações, mas qualquer suspiro sobre as eleições terá desdobramentos inevitáveis sobre as perspectivas macro, inflação, curva de juros, câmbio e afins.

Como se beneficiar da volatilidade?

Com a oportunidade à frente, preparamos um especial de como ganhar com a volatilidade em cinco edições. Cada edição traz uma recomendação. Começamos hoje com uma estratégia para o câmbio, depois teremos duas estratégias com ações e duas com opções.

Vale dar uma espiadinha.

Propaganda enganosa (estrelando, o Rei)

Na temporada de resultados, o balanço que chama atenção hoje é da Fifa.

Com a Copa no Brasil, a entidade registrou o seu recorde histórico de faturamento, atingindo R$ 3,2 bilhões.

Outro que está nadando de braçada é o Rei. Não falo daquele da Friboi, cujas ações (JBSS3) caem mais de 11% desde o começo do ano, mas sim do Pelé, que fatura R$ 58 milhões com contratos publicitários em 2014.

Só espero que a Bolsa não esteja neste pool de empresas...

A última vez que o Rei foi convocado pela BM&F Bovespa como garoto-propaganda em uma campanha de popularização da Bolsa, ele fez questão de frisar que não investe na mesma, pois acha muito arriscado.

O campeão da Copa

Aproveitando esses outros ganchos do ano atípico, deixo aberta aqui a pesquisa junto aos leitores do M5M: quem você acha que mais ganhará com a Copa na Bolsa?

Não vale quem já ganhou com o evento, cujos benefícios potenciais já estão incorporados nos preços.

Respostas aqui.

Eu tenho o meu candidato, e na segunda-feira comento o que acho dos três primeiros colocados na pesquisa.

Até lá.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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