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Qual Terá o Maior Impacto Social?

Publicado 06.04.2015, 16:59
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A esperança (há esperança?)

Relatório Focus... adivinha!

Ainda mais inflação (variação esperado do IPCA de 2015 em 8,20%) e ainda menos crescimento (PIB em -1,01%), como de praxe.

Interessante que os mercados ignoram a deterioração adicional das expectativas, com a Bolsa renovando a máxima de 2015 e o dólar caindo a R$ 3,09...

A única coisa que conta é a esperança de ajuste fiscal e a liquidez lá fora. O resto deixa para depois.

Na teoria, funciona - na teoria, até o comunismo funciona...

Na prática, a realidade do ajuste é bem outra...

Fora do discurso, o que temos de concreto, mesmo, é o pior resultado das contas do Governo Central desde 1997, com déficit fiscal de R$ 7,35 bilhões em fevereiro, e um déficit nominal correspondente a 7,3% do PIB.

PIB, que PIB?

Lembrando que a meta fiscal que está mais próxima no discurso, e mais longe na prática, é de 1,2% do PIB.

Mas de qual PIB?

1. Aquele que cresceria 0,8% na projeção do governo quando traçou a meta fiscal?
2. Aquele da projeção atual do governo, que já caiu para retração de 0,3%?
3. Ou o da próxima inevitável revisão de projeção do governo?

Seja qual for, está bem longe de 3% do PIB, que é o esforço fiscal (superávit primário) necessário para interromper o ciclo de aumento da dívida bruta brasileira, em meio à alta dos juros e à desaceleração de economia.

Ok, indica uma direção muito melhor do que aquela com que vínhamos trabalhando. Ótimo. Mas ajuste fiscal mesmo vai demorar três anos. E duvido que tenhamos força para aguentar.

Um fato inédito

Apesar do Focus habitual, temos um fato novo nesta segunda-feira...

Os dados do mercado de trabalho americano vieram bem ruins na sexta-feira, muito abaixo das projeções.

E fazia muuuuito tempo que uma notícia negativa da economia não gerava impacto negativo nos mercados. Os futuros dos EUA caíram mais de 1% na sexta-feira em que estávamos descansando o feriado.

Anteriormente, via-se a coisa da forma oportunista: ruim para a economia, bom para a continudade da farra de liquidez...

Agora, a julgar pela reação inicial de sexta-feira, teríamos chegado a um novo estágio, pouco agradável: os Bancos Centrais eclodiram os seus balanços e precisam inevitavelmente retirar os estímulos, seja agora, em junho ou setembro, sem que as economias estejam recuperadas - pelo contrário.

Durou pouco. Logo voltamos ao quanto pior, melhor lá fora. Prognóstico renovado de mais liquidez, demora para subir juros e discurso pomba do William Dudley, do Fed de NY.

El-Erian falou, El-Erian avisou...

There is a massive gap right now between asset prices and fundamentals

Grande obviedade. Conversamos sobre isso há pelo menos seis meses...

Mas a grande questão aqui é que o desfecho...

Tudo isso para o El-Erian, um dos gestores de investimentos mais famosos do mundo, explicar porque está mantendo o seu dinheiro em... cash.

Se ele tem ativos de risco distorcidos em relação aos fundamentos, lá fora também não tem juros (ou, juros zero). Mas o cash lá fora é em dólares...

Aqui dentro, ainda temos juros beeem gordos.

Em determinados momentos, a melhor coisa a se fazer é não fazer nada. "Ah, mas vou pagar um gestor para fazer nada?" Sim, talvez somente um bom gestor saiba a hora certa de não fazer nada; e a hora certa de voltar a fazer alguma coisa.

Ainda?

O cenário doméstico permite que nosso caixa renda um juro gigantesco. Pelo menos até que o Bacen decida se vai continuar brigando contra a inflação (e aprofunda a recessão), ou se vai abrir mão da briga contra inflação para tentar reanimar a economia, assim que os dados começarem a apontar que a recessão pegou e pegou forte.

Das duas uma.

Qual terá o maior impacto social?

A briga da Bolsa

Com todas as revelações da Operação Zelotes da Polícia Federal, a lógica de precificação de processos no Carf se inverteu.

Quem não foi acusado pelo Carf pode ter pago propina para escapar das sanções. Já quem foi acusado é porque provavelmente não topou entrar no jogo sujo de corrupção.

Nesse sentido, ponto positivo para os autos de infração recebidos por BM&F Bovespa (BVMF3).

A Bolsa briga para defender seu direito de amortização de ágio com base na fusão entre BM&F e Bovespa.

E ela tem todo o respaldo legal para comprar essa briga.

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