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Quando Virá o Ponto de Inflexão do Ibovespa e de Nossas Vidas Pós Coronavírus?

Publicado 20.03.2020, 11:00
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A epidemia do Covid-19, ou coronavírus, é uma catástrofe humana inédita do mundo contemporâneo.

São inúmeras as lições e consequências que cada um de nós deverá refletir individualmente, coletivamente e em termos de colaboração entre governos para que uma tragédia como essa não se repita.

As reflexões para cada um são inúmeras: reflexões sobre higiene, reflexões sobre consumo, sobre relações com o meio ambiente, relações entre líderes e cidadãos, entre países.

A tragédia do coronavírus se desdobrou por diversos planos da vida humana: inicialmente o plano social, no âmbito dos chineses que se contaminaram, na sequência em mais duas frentes: a biológica, já que a doença rapidamente se tornou uma ameaça para a saúde de todos, e ao mesmo tempo econômica, já que as pessoas tiveram que ser isoladas, o que impactou a capacidade produtiva (laboral, lado oferta) e de consumo ( lado da demanda dos consumidores) de milhões de pessoas na China.

Rapidamente, a doença se desdobrou sobre um terceiro o plano, o das instituições governamentais chinesas, que precisaram tomar decisões aparentemente drásticas aos olhos mundiais, como a questão do isolamento de cidades, regiões e sobre milhões de vidas. Mas que, agora mostraram-se acertadas dada a facilidade de transmissão do vírus Covid-19.

O quarto desdobramento ocorreu em função do mundo globalizado em que vivemos, e a doença se tornou uma pandemia, afetando não só a China mas diversos países simultaneamente.

Se alguém duvidava que éramos parte de uma mesma ‘aldeia global’, os fatos ocorridos na China, e em todos continentes, mostraram que não existem mais países distantes, somos todos países próximos.

Vivemos em um mesmo fio, em uma mesma teia, vivemos em uma mesma aldeia.

Há uma culpa do povo chinês? Definitivamente, não há. Porque, os cientistas não sabem como o vírus pulou de animais para os humanos.

Aconteceu na China, mas poderia ter acontecido em Turim, em Bombaim, ou mesmo no Itaim, aqui em São Paulo perto da minha ou da sua casa.

Assim, como não é correto rotular a AIDS como ‘Vírus Africano’, provável origem da doença. Encontrar ‘culpados’ é apenas uma forma de cegueira do mundo moderno, que impede de nos ver que somos, e sempre seremos parte de uma única origem: a humana.

(In)felizmente, fomos apenas arbitrariamente divididos em países, estados e cidades, e alfabetizados em línguas diferentes por eventos históricos. Simples ‘aleatoriedade’ da Vida para termos a beleza da diversidade humana.

E a pergunta essencial é: quando acontecerá o ponto de inflexão no Ibovespa , nos mercados financeiros e nas nossas Vidas cotidianas?

Acredito que haverá um caminho para ser percorrido, o fato é, este caminho talvez não possa encurtado porque o retorno da normalidade dependerá essencialmente de questões biológicas e psicológicas.

A biologia tem seu próprio tempo, assim como o tempo psicológico das pessoas, que são diferentes do tempo da economia, do mercado.

No caso do Brasil, o surto começou seu processo mais letal com a primeira morte no dia 17 de março em SP.

Portanto, existem duas possibilidades de agora em diante, de seguirmos uma ‘curva’ de epidemia brasileira mais ao ‘estilo japonês’, o que seria positivo, isto é, com poucas vítimas fatais, e de baixa penetração entre a população total.

Ou seguirmos um padrão mais ‘italiano’, mais letal e no qual as mortes crescerão exponencialmente, assim como os números de infectados até atingirmos um pico, e depois o declínio, formando uma curva de sino, ou como se diz em estatística, uma distribuição normal.

E aqui começa a intersecção com os mercados de ações, quanto mais a evolução da doença no Brasil se assimilar com o padrão ‘italiano’, padrão mais letal, maiores serão as quedas do Ibovespa. Isto aconteceu com os índices internacionais. Enquanto o problema era ‘exclusivamente’ chinês, o Dow Jones e o SP500 operaram em alta, quando o surto se tornou global, os índices começaram a caminhar em direções opostas ao do número de infectados e de mortos. Veja o gráfico abaixo.

O governo federal espera em uma epidemia ‘padrão japonês (melhor cenário)’ no Brasil, mas os médicos e especialistas de saúde esperam uma epidemia ‘ao padrão italiano (pior cenário)’. Qual lado está certo na expectativa? Ninguém sabe. Entretanto, o mais inteligente seria termos nos preparado para o pior e caso não ocorresse, não seríamos pegos de surpresa.

Se tivermos mais próximos do ‘padrão italiano (pior cenário)’ da doença, então, estaríamos no começo da epidemia brasileira, e logo, o Ibovespa pode oscilar violentamente nos próximos dias, porque, os custos humanos sociais, e econômicos precisarão ser recalculados, para a casa dos bilhões. Exigindo enormes sacrifícios do nosso orçamento público para conter a doença, bem como, das empresas e das pessoas.

Se a Itália espera uma normalização da situação no início de Abril/2020, e se o Brasil seguir o ‘pior cenário’, os mercados locais e internacionais só se acalmarão por volta do final de Abril, ou Maio.

E quando a pandemia do coronavírus se encerrará?

Do ponto de vista biológico, uma pandemia para de se espalhar quando um número razoavelmente grande de pessoas estiver infectado. A gripe espanhola precisou infectar 500 milhões de pessoas para desacelerar.

O fator ambiental climático, também poderia até nos favorecer (embora não existam evidências). Se o Covid-19, se assemelhar com o vírus da gripe, ele pode se espalhar menos pelo fato de vivermos em um país mais quente. As gripes se espalham mais facilmente em tempos frios. Embora, repito, não existam evidências que ele funcionará assim. O vírus pode sofrer mutação para pior. E aqui, caminhamos para o período frio no Brasil, que atingem seu auge em Maio e Junho. Todo cuidado será necessário.

Diversos aspectos influenciam na disseminação do vírus, fatores como saúde e idade da nossa população podem influenciar na mortalidade.

A Itália possui 25% de idosos na sua população, o que a torna mais vulnerável, no Brasil temos 30 milhões de idosos perto de 14% da população total. Nos EUA, a proporção é similar a do Brasil, 15%.

Entretanto, os EUA não possuem um sistema universal de saúde pública como o SUS brasileiro, orgulho nacional. O vírus pode se modificar ficando mais forte ou mais fraco. Uma vacina pode ser encontrada no caminho, ou pode demorar para ser descoberta.

Portanto, há diversos fatores positivos e negativos em cada país que influenciarão no resultado eficaz contra a pandemia.

Os mercados calcularão os diversos custos econômicos que a doença terá sobre as sociedades: mortes, internações hospitalares, remédios, ausências, vendas não realizadas…quais empresas ganharão ou perderão, mas hoje, ninguém sabe exatamente qual é o custo financeiro do Covid-19, só o humano.

Qual será o custo ‘mental’ deste surto?

O fim da pandemia dependerá de uma variável absolutamente não mensurável que é : o lado psicológico das pessoas.

Quando voltaremos para as ruas para nos encontrarmos, nos tocarmos e nos falarmos sem medo de contágio? Quando poderemos ir novamente ao nosso jogo ou show favorito? O medo não está na na conta de nenhum economista, mas ele tem um elevado impacto sobre a vida, e o consumo presente e futuro.

Por último, mas não menos importante neste momento precisamos pensar de forma mais solidária, no bem de todos, e menos em nós mesmos. Pense nos seus investimentos como você deveria pensar na sua saúde: com muito cuidado e precaução. Conte conosco da Upside neste momento. E fiquemos otimistas, não há como vencermos as lutas, se não acreditarmos na Vitória!

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