Últimas horas! Economize até 55% no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Que Venha Logo o Sete de Setembro

Publicado 30.08.2021, 19:18
Se é assim, que venha logo o Sete de Setembro para definir algumas posturas. O Brasil não aguenta essa dúvida, além de não ter tempo para perder e ficar ainda mais para trás, isolado da comunidade internacional.

A situação ideal seria que os três poderes conseguissem ficar em harmonia e a pacificação se fizesse presente. Mas, aparentemente, essa vertente não existe para o momento. O Executivo não consegue governar em paz (muito por culpa própria), o Legislativo está paralisado nas votações que realmente interessam da agenda Brasil e o Judiciário anda assoberbado de demandas, algumas absolutamente inúteis para o futuro do nosso país.

As incertezas vão se avolumando, os investidores buscam proteção e os investimentos que interessariam para o crescimento travam e/ou buscam outras plagas menos arriscadas. Para ficar na figura de linguagem que o presidente tanto gosta, se o mundo desenvolvido pegar um resfriado que seja (e não precisa ser a variante Delta da covid-19), o Brasil terá pneumonia dupla.

No mundo, em função da pandemia que resiste em permanecer, as projeções de crescimento começam a mudar para pior em 2022. Aqui, a projeção do PIB pela nova pesquisa semanal Focus, divulgada em 30/08 (segunda-feira), dá conta de crescimento da ordem de 2% (+5,22% em 2021), mas já existem previsões do país crescer algo como 1,5%, sendo que 2/3 disso são referentes ao carregamento do ano de 2021. Enquanto isso, as projeções de inflação não param de aumentar.

A pesquisa Focus mostrou estimativa de alta de 7,27% para a inflação em 2021, bem acima dos 5,25%, que seria o teto da banda de variação. Para 2022, não custa lembrar que o centro da meta é de 3,50%, mas a pesquisa Focus traz 3,95%, e também já existe quem projete mais de 4%. Mais que isso, dois temas começam a dominar as discussões entre economistas. O primeiro é a volta da dominância fiscal, situação em que, apesar do Banco Central elevar juros, a inflação segue crescendo. E o segundo tema é a possibilidade de um processo de estagflação, um misto de estagnação e inflação, uma das piores figuras da economia.

Convém notar que a Aneel quer aumentar o pagamento da bandeira vermelha nível 2 dos atuais R$ 9,49 por cada 100 quilowatts para até mais de R$ 24, enquanto o governo tenta reduzir isso para algo como R$ 14 e, mesmo assim, podendo agregar mais 1% à inflação. A crise hídrica é séria e não adianta adiar medidas ou contar com a benevolência de São Pedro. Em vez disso, segundo o noticiado pela imprensa, o presidente pede que os ministros evitem notícias ruins até 07/09 (terça-feira), diz que sua agenda para as manifestações é democracia e liberdade, mas não deixa de requentar outras pautas para seus apoiadores, como urnas eletrônicas, vacinas experimentais, sua impossibilidade de governar atribuída aos outros poderes, sempre lembrando os militares e a população armada. Na última semana mesmo, disse que deveríamos comprar fuzis.

No Sete de Setembro, os caminhoneiros vão parar, os supermercados ficarão cheios e o “feijão recomendado pelos idiotas” subirá de preço (assim como outros itens). Além disso, a insegurança institucional aumenta, o povo fica ainda mais oprimido e o país para. E nem abordamos os aumentos de custos na indústria e as tentativas lícitas de repasse ao consumidor final.

Isso também acirra a oposição, e o estresse aumenta ainda mais. Ah, bom! As eleições já começaram, o confronto com governadores está aí e fica cada vez mais difícil aprovar qualquer coisa neste fim de ano. Só para exemplificar, a reforma do Imposto de Renda, que teoricamente seria mais fácil de tramitar, parece estar numa encruzilhada entre votar de qualquer maneira e ver no que dá, deixar caducar ou o governo retirar. Ou seja, já era!

Vamos ter que aguardar mais uma semana para saber o resultado das manifestações e apurar os desdobramentos disso tudo. Mas, certamente, não é bom para o Brasil e sua população sofrida.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.