De acordo com dados da Secex, em 2024 foram exportadas 8,7 milhões de toneladas de carnes in natura, considerando carne de aves, suína e bovina. É um acréscimo de 9,9% na comparação com o ano anterior.
O faturamento foi de US$23,6 bilhões, uma evolução de 11,7% em relação a 2023. Com o dólar mais valorizado no último ano, o aumento da receita foi mais expressivo, de 21,4%.
A carne bovina liderou em crescimento. Ainda em outubro, o recorde de 2023 já havia sido quebrado. No fechamento do ano, o aumento foi de 26,9%, com 2,55 milhões de toneladas exportadas, frente a 2,01 milhões no ano anterior.
A receita em dólares superou os US$10 bilhões pela segunda vez na história, sendo que a outra ocasião foi em 2022, que ainda detém o recorde, com US$11,82 bilhões, frente aos US$11,66 bilhões de 2024.
A cotação média da carne bovina exportada foi de US$4,58 mil por tonelada, recuo de 3,3% na comparação anual. Em reais, o preço médio evoluiu 5,4%.
O aumento das vendas de carne suína in natura foi de 8,5% sobre o recorde de 2023, atingindo a marca de 1,2 milhão de toneladas. Considerando valores nominais, tanto em reais, como em dólares houve recordes.
Foram R$15,4 bilhões (+17,2% YoY), ou US$2,83 bilhões (+7,6%), com recuo de 0,8% na cotação média da tonelada na moeda americana (US$2,40 mil/t) e alta de R$8,1% em reais (R$13,03 mil/t).
Na terceira posição em aumento, mas liderando o volume embarcado, ficou a carne de aves, com exportações de 4,95 milhões de toneladas (+3,1% YoY). Volume e faturamento nominal foram recordes.
Os embarques de carne de aves somaram US$9,09 bilhões (+1,2%), o que equivale a R$49,19 bilhões (+9,7%).
De maneira semelhante às outras duas carnes, a cotação média em dólares cedeu (1,9%), mas em reais, pelo efeito cambial, houve acréscimo de 6,3% (R$9,93 mil/t).
Mesmo com preços ligeiramente menores em dólares, na média anual, a evolução do volume fez com que o faturamento aumentasse para os três grupos, mesmo em dólares. Para a receita em reais, o câmbio reforçou os números.
Para 2024, o USDA (out/24) projeta aumentos de 0,7% para as vendas brasileiras de carne bovina, 2,0% de acréscimo para carne de frango e estabilidade (em bom patamar) para a carne suína.