Segundo Relatório Focus divulgado hoje, 26 de setembro, pelo Banco Central as expectativas sobre a inflação para 2016 e 2017 diminuíram. A estimativa para a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do ano vigente também baixou. A projeção para a economia, por sua vez, demonstrou leve aumento, saindo de -3,15% para -3,14%. Com isso, esse índice apresenta resultado positivo pela terceira semana seguida.
Sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a estimativa do mercado que antes estava em 7,34% passou para 7,25%. Apesar do recuo, o patamar ainda está acima do teto de 6,5% do sistema de metas e muito além do objetivo de 4,5% para 2016.
Em relação ao ano que vem, as projeções se mantiveram menores do que o teto de 6%, recuando de 5,12% para 5,07%. Contudo, o percentual ainda se apresenta acima do proposto para o IPCA de 2017.
A inflação suavizada para 12 meses à frente diminuiu novamente. O percentual saiu de 5,20% para 5,16% no período de uma semana. Há um mês, o patamar foi verificado em 5,32%, sendo que esta já é a décima terceira semana de queda.
A previsão para a taxa de juros para o fim deste ano permaneceu em 13,75%. Os juros atuais estão em 14,25%, isto significa uma expectativa de que haja corte nos juros antes do encerramento de 2016. Para o próximo ano, a perspectiva se estabilizou em 11%, ou seja, há estimativa de mais queda nos juros de 2017.
A Selic média de 2016 permaneceu constante desde a última edição do relatório. A mediana para este ano é de 14,19% e a de 2017 passou de 11,88% para 11,78% de uma semana para a outra. Um mês atrás, as medianas de projeções das taxas estavam em 14,19% para para 2016 e de 11,94% para 2017.
Quanto ao IGP-DI, a mediana teve recuo para 8%, já que na última semana o índice estava em 8,03%. A taxa atual, contudo, fechou acima do patamar verificado um mês antes, de 7,74%. Sobre o IGP-M, por sua vez, o mercado passou a acreditar em uma variação de 8,17%. No boletim passado, a mediana era de 8,23%.
Sobre as projeções da taxa de câmbio para o fim de 2016, o percentual recuou de R$ 3,30 para R$ 3,29. A estimativa para o dólar no próximo ano, por sua vez, ficou em R$ 3,45.
Com relação às projeções para a balança comercial, os resultados da subtração do total de exportações menos as importações em 2016 não teve alterações. O montante se manteve em US$ 50 bilhões de resultado positivo.
A previsão de superávit para o próximo ano retrocedeu de US$ 47,3 bilhões para US$ 46,8 bilhões. Já em relação aos investimentos estrangeiros para este ano e também para 2017 continuou em US$ 65 bilhões.
No caso da Conta Corrente, as expectativas para este ano demonstraram estabilidade no déficit. A mediana é a mesma de semana passada, ou seja, US$ 15,9 bilhões. Sobre 2017, a previsão do mercado é de US$ 24,23 bilhões. Há um mês, a perspectiva de déficit era inferior, fechando em US$ 23 bilhões.