Apesar da desvalorização do dólar, os futuros do café arábica acumularam queda nos últimos dias, em meio às rolagens de posição para o vencimento dezembro do Contrato C, negociado na Bolsa de Nova York.
Ontem, a divisa norte-americana foi cotada no Brasil a R$ 3,14, acumulando queda de 0,92% na comparação com a cotação de R$ 3,1691 de sexta-feira passada. A expectativa de maior entrada de capital externo no País, devido ao cenário político, favoreceu essa tendência.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,377 por libra-peso, perdendo 480 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. Os negócios se concentraram nas rolagens de posição, dada a proximidade do período de notificação de entrega do primeiro vencimento, que se inicia em 23 de agosto. Na ICE Futures Europe, o vencimento setembro do contrato futuro do robusta encerrou o pregão de ontem a US$ 1.808 por tonelada, com desvalorização US$ 15 em relação à última sexta-feira.
No mercado físico nacional, os negócios seguiram lentos, com produtores retraindo a oferta e o foco nas operações de colheita. Ontem, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 466,18/saca e a R$ 423,93/saca, respectivamente, com variações de -3,80% e +0,63% em relação ao fechamento da semana anterior.
O Cepea também informou que as primeiras floradas da safra 2017/18 de café conilon foram observadas no início de agosto, no Espírito Santo e em Rondônia, quase um mês adiantadas em relação à temporada passada. A ocorrência de chuvas nas próximas semanas será fundamental para garantir o pegamento dessas flores. Porém, mesmo que esse cenário se concretize, no Espírito Santo a produção deverá novamente ficar abaixo do potencial, já que o parque cafeeiro foi debilitado pelo longo período de clima quente e seco.