Foi bem positivo o saldo comercial em novembro, totalizando US$ 4,75 bilhões, recorde para o mês. No acumulado ao ano, saldo chegou a US$ 43,28 bilhões, bem acima do registrado no mesmo período de 2015 (US$ 13,45 bilhões). Lembremos que no ano passado, saldo comercial foi positivo em US$ 19,6 bilhões.
Em novembro, as exportações aumentaram 17,5% contra o mesmo mês do ano passado, com as vendas de manufaturados avançando 41,8%, de semimanufaturados (21,3%), enquanto que os bens básicos caíram 5,5%. Nos manufaturados o destaque foram as vendas de plataformas de petróleo, açúcar refinado, automóveis de passageiro e geradores elétricos. Nos semimanufaturados, aumentaram as vendas de ferro e aço, açúcar em bruto, madeira serrada e ferro fundido. Já pelo das importações, o mergulho foi forte, com combustíveis e lubrificantes recuando 46,9%, bens de capital 22,4% e bens de consumo 0,8%. As compras externas de bens intermediários recuaram 1,2%.
Ao fim deste ano saldo deve ficar em torno de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões, recuando no ano que vem, se a economia retomar gradualmente o crescimento. Interessante observar que neste caso, as importações devem começar a se recuperar, ainda mais as de bens de capital, dada a maior demanda para o pacote de infraestrutura. Nosso saldo comercial seria de algo em torno de US$ 30 bilhões.