Estou preocupadíssimo: não imaginava que o afastamento de Dilma traria repercussões tão graves para nosso país.
Como ficaremos nós, com relações diplomáticas cortadas com Bolívia, Equador e Venezuela?
Acho que não vou nem dormir hoje.
Yellen e o bode
Viramos a folha do calendário, mas juros nos Estados Unidos seguem como o bode no meio da sala do mundo — e eu não aguento mais falar nisso.
O foco de atenção está nos dados de emprego que serão divulgados amanhã: se fortes, podem dar fôlego adicional à tese de que juros podem vir tão rápido quanto neste mês. Apostando nesse cenário, investidores reduzem exposição a ativos de risco e ações recuam moderadamente por lá.
Que continue assim
Na Ásia o destaque é China, que reportou dados de produção industrial acima do esperado, incentivando a leitura de que o governo local está tendo sucesso na manutenção do ritmo da atividade econômica.
A boa notícia vinda do oriente tem reflexo positivo nos preços de metais (não é o caso de minério de ferro, ressalto) que, por sua vez, impulsionam ações de mineradoras nas bolsas europeias — influenciadas também pelo fato de, a despeito de todo o alarme por conta do Brexit, a produção industrial no Reino Unido ir muito bem, obrigado.
Que continue assim: seria péssimo que preocupações externas ofuscassem nosso momento por aqui.
O não-dito ficou pelo dito
Por aqui, destaque ficou para a ata do Copom, mas pelo que o documento não trouxe: os membros do comitê sumiram com o trecho que constava no mês passado e descartava cortes de juros no curto prazo.
Palavras apenas? Não: há, sim, espaço para queda de Selic mais à frente.
O principal requisito é disciplina do lado fiscal. E é precisamente isso que vimos no orçamento para 2017, apresentado ontem: o governo propõe uma redução de despesas da ordem de meio ponto de PIB, revertendo assim a trajetória de expansão da gastança que vivemos desde 2011.
Prepare-se para o segundo sol
Com o segundo sol chegando para realinhar as órbitas das políticas monetária e fiscal — coisa que não víamos há muito tempo por aqui —, despontam no horizonte as condições para queda de juros de longo prazo sobre as quais já falamos há algum tempo.
Falamos de um movimento estrutural, não de um outro cometa como o visto da última vez em que o Brasil ficou pop.
Se ainda não o fez, olhe para os prefixados de vencimento mais longo. Gostamos da LTN (Tesouro Pré) com vencimento em 2023.
Você decide
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