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Selic: Os Riscos que o Copom Não Está Vendo

Publicado 04.08.2022, 11:19
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu na quarta-feira, 3, a taxa Selic para +13,75 por cento ao ano, em uma decisão amplamente esperada pelo mercado.

Mas o que o mercado estava tentando notar é o que seria feito nas próximas reuniões.

Segundo o comunicado publicado depois da decisão, os próximos passos ainda não estão definidos:

“O Comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião.”

No trecho acima, percebemos que o BC ainda não tem certeza de que é necessário um novo ajuste. Ou seja, pode ser que a taxa Selic termine em +13,75 por cento ao ano. Mas ele também avisa que caso decida subir, essa alta seria de menor magnitude, ou seja, seria de 25 bps e levaria a Selic terminal para +14 por cento ao ano.


O mercado precifica ajustes residuais para que a taxa chegue aos +14 por cento, mas a curva também precifica quedas de taxas consecutivas em todas as reuniões do ano que vem, voltando a Selic para 12 por cento até o final do ano, como podemos ver na tabela abaixo:

Fonte: Bloomberg

Eu, Marilia, ainda acho esse cenário otimista. Os dados de inflação mostram núcleos de serviços altos. Lembrando que essa parte estrutural de serviços é mais inercial — e não volta rápido como preço de alimentos, por exemplo.

Fonte: Renascença

Podemos ver que alguns itens, como os bens industriais, estão de fato mostrando uma inversão. Além disso, os preços de commodities deram uma arrefecida junto aos preços da gasolina, que terá uma queda importante este mês por conta da redução do ICMS.

Mas veja como o grupo de serviço ainda se encontra em patamares de 12 por cento de inflação anualizada, bem acima das metas de inflação.

Para controlar a inflação, o BC sobe a taxa de juros com o intuito de desaquecer a economia. Aumentando a taxa básica, todo o mercado sobe a taxa de empréstimos.

Esse aumento das taxas de empréstimos faz com que menos pessoas tomem dinheiro emprestado, reduzindo, então, o consumo.

A redução do consumo reduz a receita das empresas, que acabam contratando menos ou até demitindo para não entrar no prejuízo.

As demissões retiram salário da população, o que novamente ajuda a queda do consumo, e assim vai.

Porém, estranhamente, não é isso que estamos vendo na economia.

O Banco Central elevou a Selic de +2 por cento para +13,75 por cento ao ano e este é o gráfico de desemprego atual:

Gráfico apresenta taxa de desemprego (%) – média móvel trimestral de mar/12 a mar/22.

A taxa de desemprego teve uma queda forte nos últimos 2 anos, indo de quase 15 por cento para 9,3 por cento.

Os dados de atividade estão sendo revisados para cima.

Ou seja, nossa atividade não está dando sinais claros de desaquecimento.

Talvez, o estímulo fiscal esteja atrapalhando a política monetária. O Banco Central está reduzindo os estímulos, mas expandindo o fiscal.

Quando isso acontece, a Política Monetária perde sua potência.

Se isso for verdade, temos o risco de não conseguir controlar a inflação com a Selic atual ou de não sermos capazes de fazer um ciclo de queda nas taxas do ano que vem, como nossa curva de juros precifica.

Em ambos os casos, temos riscos importantes para quem aplica em prefixados longos e IPCA+ longos.

Esse risco tira a assimetria positiva desse tipo de aposta e me faz não querer entrar nessas operações (ainda), mesmo com o BC falando no final do ciclo.

Sem contar o risco fiscal das eleições e o aumento das taxas de juros nos EUA — mas isso podemos deixar para um outro artigo.

Uma boa semana para você.

Últimos comentários

a moeda do mercado financeiro chama-se inflação!! então o mecanismo de reajuste da taxa selic é um mecanismo de transferência de dinheiro público para o setor financeiro privado neste país!! esta política deveria ser considerada um crime porque ela confronta com o teto de gasto estabelecido pelo governo!! a taxa selic subiu neste governo de 4,5% para já quase 14%...!! trata-se e remuneração de papéis para bancos, na sua maioria, e investidores privados, inclusive internacionais!! quem paga? nós brasileiros porque é dinheiro dos cofres da União!! então, o governo cria a pec do fim do mundo, mas só para conter gastos com investimentos e a máquina pública. os gastos com a dívida estão liberados, ou seja a dívida publica sobe mesmo com essa pec!!! foi assim também no governo fhc quando havia austeridade fiscal, recomendações do fmi e teto de gastos. a dívida pública naquele período passou de 34% para 72% do pib!!! meus caros, está aí o mecanismo de transferência de dinheiro público para o
Pessoal sobre pessimismo ou otimismo ! O mercado sempre vai ter comprador ou vendedor ! Negocio e observar os numeros e o dia a dia ! Se houver otimismo ou pessimismo da maioria e bom ficar do lado contrario ! Economia nao liga para ideologia !
então pra inflação baixar tem ter desempregados mais taxa alta para satisfazer economistas....
E por que você acha que o COPOM não viu toda essa “complexidade”? Sério, pra quem você escreveu isso?
Análise superficial e fraquinha. O Banco central não é o responsável pela politica fiscal, a política monetária sempre tem um delay e o comportamento do dólar é sempre uma variável fundamental para o comportamento da inflação.
Viajou! Vc precisa da tempo pra selic trabalhar. Nao se pode brincar de aumento de dosagem nos juros.
sempre o mais, mais, mais, mais, é a turma do Pt
é a famosa despiora. e ai os esquerdinhas piram kkkkkkk
Ideologia no mercado? Cuidado pra nao ficar pobre com esse odiozinho
Bolsa tá, subindo, alguns analistas que estão levando fumo querendo tirar onda
se ficar pensando em risco ninguém ganha dinheiro a vida e um risco
O BC atualizou os dados, apesar do M0 estar caindo, o M2 segue subindo forte. Ou seja, mesmo com a SELIC nesses patamares, a atividade esta tao forte e os bancos seguem emprestando, e isso é inflacionário.
É só a bolsa começar a subir que aparecem dois tipos de analistas: - os que perderam o bonde e querem que tudo volte a ficar pior; - os que começam a espalhar otimismo, "não falei que ia subir?". Simples, pessoal: ninguém sabe nada, e estes analistas erram demais.  Façam os próprios estudos e, se for pra perder dinheiro, que seja baseado nas próprias decisões. Finalizando: o que determina inflação generalizada e persiste é aumento dos agregados monetários, e isso tem caído no Brasil.
Super analise, essa marilha deve ser uma investidora de suceso…Só que não…é só mais um nenem aprendendo a andar…
Vamos disseminar o pessimismo as mas noticias e dar credibilidade para declarações de ex presidiários.
Para quem acompanha os artigos da Analista, ela já alertava sobre a continuidade de elevação da SELIC, o que se confirmou! Feliz quem não comprou (ainda) os títulos de IPCA+, pois, estaria preso e sofrendo na marcação a mercado.
Sempre pessimista.
Excelente análise.
muito boa análise
Super Marília
Concordo com a análise. Parabéns
Mais realista que o rei. Se não conseguirmos controlar a inflação com 6 ou 7% de juro real, o risco não é do Copom e sim do país. Como todo analista, se acertar vai alardear e se sua analise não se confirmar ninguém vai se lembrar, inclusive ela.
eu diria os riscos que só economistas que escrevem artigos sem consequencia nenhuma,, enxergam, ou seja, continuam errando porque escreve o que quer que aconteça, não o que pode acontecer. Sempre teoria do caos.
Exatamente, prefiro confiar no Paulo Guedes, pelo menos o que ele disse que o Brasil ia surpreender o mundo positivamente já está acontecendo, nosso PIB crescendo, o desempenho diminuindo e todos os indicadores são muito positivos para nossa economia, que está indo na contramão tanto da Europa qto dos Estados Unidos. Então a opinião desses economistas de redação não tem nenhuma credibilidade.....
*desemprego.....
Marília Fontes, excelente artigo. Você está sendo realista.
Marília é muito top, mas muito pessimista também..
Excelente
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