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Sobre o Pré

Publicado 26.11.2013, 13:59
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O comportamento recente dos juros nominais e reais é a realização dos investidores que o Brasil está em uma tempestade. Os juros reais voltaram para o patamar de aperto do ciclo de alta de 2010, quando se deu o inicio da palhaçada das isenções fiscais seletivas e o Tombini politizou o Banco Central.

Claro que, esse era o nível de juros para o ajuste de uma economia muito mais saudável, e em expansão. Mesmo assim, a economia sentiu um baque desse aumento de juros, que junto com as medidas macroprudencias e uma desaceleração da economia global, criou espaço para o ciclo de corte agressivo de juros.

O resultado dessa história ficou evidente agora que o risco pais subiu, e com isso os juros e o cambio.

Hoje estamos vivendo a reversão da politica monetária implementada, e um ajuste se torna necessário nas contas públicas. Com o FED em inicio de normalização, chegamos no futuro que todos comentavam em 2011, que o Brasil rumaria para a crise e pagaria caro por ela.

O movimento continuo de alta do premio de risco futuro da curva de juros aponta para um desmonte estrutural das posições. O fluxo de saída aumentou muito, e presenciamos a saída dos gringos que são comprados estruturalmente no pais.

Oque eu penso desse movimento é que aparentemente está se formando uma inércia que provavelmente implicará em um espirro, talvez com os juros reais de longo prazo (b50) tocando para 7%. Talvez esse movimento ocorra antes da eleição, com o mercado antecipando o aumento de risco de mais um governo PT, ou ele ocorra depois das eleições.

A atividade econômica ano que vem tem pinta de desacelerar fortemente, apesar de ter uma forte correlação com crescimento Global, por conta do aumento dos juros reais e um fiscal, que apesar de não ser retração em termos absolutos, representará uma contribuição muito inferior que em 2013 e nos últimos anos.

A inflação será chave. Os serviços continuam pressionados, porém já há uma desaceleração importante ocorrendo no mercado de trabalho que provavelmente implicará em alguma desaceleração dos níveis atuais de inflação de serviços. O grande problema será o repasse da taxa de cambio e um ajuste da inflação de itens controlados, que passaram os últimos anos congelados.

Parte do mundo ainda corta juros. A recuperação está consistente e pegando força, porém com nível inferior ao observado em outras recuperações tanto EM e DM, sendo que no mundo Emergente há países que ainda se encontram em easying mode, e Europa tem um longo caminho a percorrer até normalizar suas políticas.

O Fiscal não tem espaço para piora adicional. O país será penalizado por qualquer movimento contra a LRF, por mais fingido que seja e escondido, o mercado se atentou para o tema.

O mercado já precificou os juros rumando para 13% no ano de 2015. Esse é o grau do stress que vivemos. Se respeitado o cenário de mercado, A SELIC vai a 13% no primeiro semestre de 2015. Parece-me que estamos vivendo o Stress. Toda a underperformance do Brasil também ilustra essa situação.

Eleições ano que vem são um risco de que a piora pode continuar, porém assim como em 2002, teve um teto, o governo respondeu, na minha visão ele poderá responder de novo se a deterioração impactar a probabilidade de uma transição mais suave.

Juros Reais de 6.50% era o antigo equilíbrio de longo-prazo que todos acreditavam, porém nesse cenário tínhamos superavit fiscal relevante e conta-corrente superavitária. Agora esse equilibrio pode ser mais alto, mas como contrapartida os juros reais global eram 2-3%, hoje sao Zero, e de la devera demorar no minimo mais 1 ano até subir.

Com FED, a deterioracao fiscal ficando evidente (ja era sabido desde o inicio do ano), OGX, Petro, Eletricas... a underperformance do Brasil se destacou como era de se esperar. O segredo é saber quando esse movimento poderá dar uma trégua. Eu acho que está perto a hora. São nessas situações que o investidor tem que ter a calma o suficiente para entrar na posição quando os sinais de que o final do período de panico está ocorrendo.

Os sinais até agora não indicam um final de movimento, porém é interessante começar a pensar em fazer o médio. Para quem não tem marcação a mercado, é uma excelente aposentadoria 6.5%/7.0% de juros reais ao ano.

Acho que vale fazer 10% da posição ideal para esse tipo de ativo quando os juros reais baterem 6.50%, mais 10% @ 6.70, mais 10% @ 6.90, 20% @ 7.0% e parar para pensar se há chances do yield subir para 7.50%/8,0%. Nosso médio ficará em 6.82%, teremos folego o bastante para poder sentir uma deterioração adicional caso ocorra.
Mas eu gostaria de saber oque vocês estão achando, e as impressões. Valeu rapaziada que nao achou chato ler isso... abs.

Tabela de cenários


juros nominais


Juros Reais

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