Bancos brasileiros foram questionados por Tesouro dos EUA sobre ações envolvendo Lei Magnitsky, diz fonte
O ritmo intenso das negociações envolvendo soja ao longo de agosto perdeu força no final do mês, refletindo sobretudo o enfraquecimento na demanda, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a proximidade da colheita da safra 2025/26 no Hemisfério Norte e as expectativas de avanço no acordo comercial entre os Estados Unidos e a China tendem a reduzir as exportações brasileiras do grão, cenário que afasta demandantes. Pesquisadores ressaltam que esse movimento de redirecionamento dos consumidores estrangeiros do Brasil aos EUA é comum neste período de entressafra. Além disso, a desvalorização cambial (US$/R$), que desfavorece as exportações do Brasil, também pesou sobre as cotações no País, conforme levantamentos do Cepea.
MILHO: Cotações seguem firmes no BR
Embora as negociações envolvendo milho sejam pontuais no spot nacional, os preços do cereal seguem firmes, apontam levantamentos do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) atravessou agosto variando de R$ 63 a R$ 64/saca de 60 kg. No campo, a colheita da segunda safra se aproxima da reta final, e a semeadura da primeira temporada foi iniciada no Sul do País. De acordo com o Centro de Pesquisas, vendedores seguem limitando a oferta, com alguns apostando em valorizações, fundamentados na reta final da colheita e no fato de os grãos estarem sendo devidamente armazenados em partes das regiões. Do lado da demanda, conforme explicam pesquisadores, compradores que necessitam de lotes para o curto prazo esbarram na pedida mais elevada do vendedor, ao passo que os demais consumidores do grão vêm recebendo lotes negociados antecipadamente e usando os estoques. A aposta desses compradores é de que os preços voltem a ceder nas próximas semanas, uma vez que a produção brasileira elevada tende a resultar em estoques de passagens altos. Além disso, o ritmo de exportação está enfraquecido nesta temporada.
FEIJÃO: Preços encerram agosto em direções opostas
Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos feijões carioca e preto encerraram agosto em movimentos opostos. No caso do carioca, pesquisadores explicam que a dinâmica de preferência por qualidade e a postura firme dos produtores sustentaram os valores. Já para o feijão preto, a ampla oferta continua pressionando as cotações. Segundo o Centro de Pesquisas, um destaque da semana passada foi a publicação, no Diário Oficial da União, da Portaria Interministerial Mapa/MF/MPO/MDA nº 24, de 23 de julho de 2025, que promove o estabelecimento de parâmetros da subvenção econômica de feijões cores e preto nos estados Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A destinação dos recursos envolve R$ 21,7 milhões por meio dos leilões de Pepro E PEP.
MANDIOCA: Oferta restrita eleva cotações
A oferta de mandioca diminuiu ainda mais na última semana, elevando os preços da matéria-prima na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, produtores que efetuaram as podas das lavouras de 1º ciclo agora já não dispõem de raízes para entrega, enquanto os demais continuam retraídos por conta da rentabilidade limitada. Além disso, o clima seco em algumas áreas também tem afetado o avanço dos trabalhos no campo. Entre 25 e 29 de agosto, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 454,37 (R$ 0,7902/grama de amido), alta de 0,6% em relação à semana anterior. A média nominal de agosto, porém, caiu 6,3% frente ao mês anterior e 11,9% sobre igual período do ano passado.