Ao longo de maio, os preços da soja oscilaram dentro de uma faixa estreita, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, as pequenas variações vêm sendo influenciadas pelo contexto de oferta da América do Sul, pelo ritmo de cultivo da nova safra nos Estados Unidos, mesmo por impactos das tarifas norte-americanas sobre outros países e por reações dos governos afetados por tais medidas. Na última semana, pesquisas do Cepea mostram que as cotações seguiram levemente pressionadas, e a média mensal de maio acabou ficando abaixo da de abril. Enquanto isso, as exportações de soja em grão continuam aceleradas.
MILHO: Oferta crescente e retração compradora mantêm preços em queda
Os preços do milho seguem em queda no mercado doméstico, aponta levantamento do Cepea. Pesquisadores explicam que a oferta do cereal vem aumentando, e a expectativa é que a disponibilidade continue elevada nas próximas semanas, sobretudo por conta do início da colheita da segunda safra. Esse cenário, conforme o Centro de Pesquisas, deixa vendedores mais flexíveis nos negócios e consumidores mais afastados das aquisições – estes demandantes compram apenas volumes para o curto prazo. No início da semana passada, notícias indicando a possibilidade de geadas em parte das praças produtoras de milho até deram certo suporte aos valores, à medida que deixou produtores cautelosos. De qualquer forma, a perspectiva de ampla oferta no Brasil se sobrepõe e mantém os valores em queda.
FEIJÃO: Preços dos grãos carioca e preto caem em maio
Levantamento do Cepea mostra que os preços do feijão carioca seguiram pressionados na última semana de maio, enquanto os do feijão preto se sustentaram no período, diante da presença mais ativa de compradores. Entretanto, em maio, tanto o feijão carioca quanto o preto registraram desvalorizações. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, no caso do grão preto, o movimento de baixa foi verificado pelo oitavo mês consecutivo, ou seja, desde outubro/24, quando, ressalta-se, o Centro de Pesquisas iniciou a divulgação de preços do feijão. Pesquisadores indicam que até foi observada maior demanda para produtos de melhor qualidade, mas as cotações cederam em todas as regiões pesquisadas, pressionadas pela perda de qualidade. No campo, o Paraná, maior produtor brasileiro de feijão preto, deve colher menos na segunda safra de 2024/25. Segundo o Deral/Seab, a previsão é de que produção some 534 mil toneladas no estado, queda de 22% em relação a 2023/24. Vale lembrar, contudo, a primeira safra do estado atingiu 340,26 mil toneladas, volume 103% superior ao do mesmo período do ano anterior.