Soja: Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações

Publicado 07.04.2025, 09:16

Os valores dos contratos futuros do complexo soja negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) vêm caindo nas últimas semanas, sobretudo os do grão e do farelo. Pesquisadores do Cepea explicam que, além do avanço da colheita no Brasil (principal produtor e maior exportador mundial de soja) e dos estoques elevados nos Estados Unidos, as tarifas de importações impostas pelo governo norte-americano na semana passada e as consequentes retaliações devem reforçar o movimento de baixa nos próximos dias. No caso de produtos agrícolas, análise do Centro de Pesquisas indica que, certamente, tarifas desta natureza inviabilizam as compras nos Estados Unidos e levam demandantes externos, como a China, a buscar novos fornecedores. Nesse ambiente, os preços da soja também recuaram no spot nacional, mas, conforme levantamentos do Cepea, o movimento de queda foi limitado pelo avanço dos prêmios de exportação no País, que, por sua vez, subiram diante da maior demanda internacional pelo grão brasileiro.

MILHO: Preços caem na maioria das regiões

Os preços do milho vêm caindo neste início de abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem sobretudo da demanda enfraquecida. Consumidores, abastecidos e atentos à colheita da primeira safra, se afastaram das aquisições, à espera de novas baixas. Já vendedores estão mais ativos no mercado spot nacional, tentando negociar novos lotes, temendo que o ritmo das quedas nos preços se intensifique. Outros, contudo, continuam limitando o volume ofertado, de olho no desenvolvimento da segunda safra. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, nos últimos dias, o retorno das chuvas em partes das regiões produtoras melhorou a expectativa sobre o desenvolvimento e a produção da segunda safra. Além disso, as dificuldades logísticas diminuíram, tendo em vista a maior oferta de caminhões.

FEIJÃO: Preços do feijão preto seguem em queda; carioca se sustenta

Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos feijões preto e carioca caminharam em sentidos opostos na última semana. Enquanto as negociações do preto ocorrem a valores menores, pressionados pela maior disponibilidade do produto e pela chegada da nova safra, as envolvendo o feijão carioca registram cotações um pouco maiores, tendo em vista a disputa entre agentes por lotes desse grão. No mercado de feijão preto, as baixas mais intensas foram verificadas em regiões do Paraná e de São Paulo, conforme apontam pesquisas do Cepea. Para o feijão carioca, produtores seguem firmes em suas ofertas, sustentados pela baixa disponibilidade de lotes de qualidade, ainda de acordo com o Centro de Pesquisas.

MANDIOCA: Oferta limitada e demanda firme sustentam valores na maioria das praças

Produtores continuaram pouco interessados na comercialização de mandioca ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, pesam sobre a decisão a baixa rentabilidade, afetada pelos atuais patamares de preços, a priorização de outras atividades e o clima seco como limitante para o avanço dos trabalhos de campo em parte das áreas. A demanda industrial, por sua vez, esteve aquecida, com compradores dispostos a pagar mais pela matéria-prima. Como resultado, as cotações seguiram firmes na maioria das praças pesquisadas pelo Cepea.

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