Os preços médios do suíno vivo recuaram em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, registrando, inclusive, os menores patamares reais desde julho de 2018. A pressão veio da oferta elevada de animais, que vem sendo observada desde o início deste ano. Além disso, a forte redução das demandas interna e externa por carne suína, sobretudo na primeira quinzena, reforçou o movimento de baixa dos preços do animal.
Preços e exportações
Pelo segundo mês consecutivo, as exportações brasileiras de carne suína tiveram forte retração em fevereiro, chegando ao menor volume desde janeiro/21. Esse resultado reforça o cenário de baixa liquidez dos animais e da carne no mercado doméstico brasileiro observado ao longo do último mês.
Relação de troca e insumos
Mesmo com as altas nos preços do suíno vivo na segunda quinzena de fevereiro, a média mensal fechou abaixo da de janeiro, devido às desvalorizações registradas no início do mês. Dessa forma, o poder de compra de suinocultores frente aos principais insumos consumidos na atividade, milho e farelo de soja, caiu novamente em fevereiro, acumulando três meses consecutivos de queda frente ao milho e quatro frente ao farelo de soja.
Carnes concorrentes
Os preços de todos os produtos do setor suinícola subiram na segunda quinzena de fevereiro, porém, as médias do mês fecharam bem abaixo das de janeiro. A desvalorização da carne suína foi, inclusive, mais intensa que as registradas para as principais concorrentes, as proteínas bovina e de frango.