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Sur: Como Seria Uma Moeda Unificada na América Latina e Quais os Desafios

Publicado 04.08.2022, 09:55
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Em entrevista recente, o ex-presidente do Brasil e atual líder das pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PPT), redobrou o apelo por uma proposta de moeda única na América Latina.

Desde o início dos anos 2000, alguma forma de união monetária latino-americana teve apoiadores de todo o espectro político, incluindo o ex-presidente do Peru Alan García e o atual ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes.

À medida que a incerteza do mercado cresce, o dólar continua a se fortalecer como um dos portos seguros da economia global. Esta é uma ótima notícia para os exportadores que faturam em dólares, mas uma verdadeira dor de cabeça para as empresas que tomam empréstimos (ou pagam dividendos) na moeda americana. Um desses mercados é a América Latina, onde a alta inflação e uma segunda “maré rosa” de vitórias da esquerda reiniciaram uma conversa sobre uma proposta de moeda única latino-americana.

Mas como seria isso? E como exatamente isso funcionaria? Vamos fazer uma breve análise.

O principal argumento para a criação de uma moeda regional para a América Latina é, como disse recentemente o ex-presidente Lula, “estar livre do dólar americano”, ou seja, uma moeda independente e unificada reduziria o dependência da moeda de reserva dos EUA. A atual encarnação desta proposta de moeda única, o 'Sur' (que significa Sul em espanhol) como descrito pelo economista afiliado a Lula, Gabriel Galípolo, na Folha de São Paulo, não substituiria necessariamente as moedas soberanas como o euro fez em 1999. Em vez disso, seria usado para o comércio em toda a América Latina, em vez de ter que trocar mercadorias em dólares americanos quando cruzassem as fronteiras.

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Uma “moeda comercial” menos abrangente não é tão absurda quanto pode parecer, e uma moeda semelhante realmente teve algum sucesso na região. Esta moeda, denominada SUCRE (Sistema Unificado de Compensação Regional) tem sido utilizada como meio de troca alternativo ao dólar para o comércio entre Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua desde 2010. Em seu ano de maior sucesso, em 2012, o SUCRE foi usado em 2.646 transações no valor de mais de US$ 1 bilhão. No entanto, desde a queda livre econômica da Venezuela, a moeda viu seu uso reduzido significativamente.

Isso nos traz talvez a maior dificuldade em criar uma moeda independente para a América Latina: qualquer união monetária implica uma união política. A anteriormente conhecida ‘Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América’, que usou o SUCRE como uma moeda regional estavam fazendo isso para combater o que eles sentiam ser a hegemonia econômica dos EUA na região. O 'Sur' também teria que lidar com o fato de sua própria existência ser considerada antagônica pelos Estados Unidos, que até recentemente tinham uma longa e controversa história como maior parceiro comercial da região. Essa coroa já foi arrebatada pela China, e aqui pode estar o alerta geopolítico para o sonho do 'Sur'.

Como Lula admitiu em entrevista em 2019, o BRICS (Brasil, Russia, India, China, Africa do Sul), que ele ajudou a fundar durante seu mandato, tinha planos de criar uma moeda própria, apenas para o então presidente dos EUA Barack Obama desafiá-lo diretamente sobre o que o governo dos EUA viu como subordinação econômica. O Mercosul (Mercado Comum do Sul), com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai como seus quatro membros principais, e Chile, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname como membros associados, seria uma união econômica menos controversa para solidificar com uma única moeda comercial, não uma moeda de substituição soberana como o Euro.

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Mas é claro que esse passo relativamente pequeno em direção à independência da moeda não evitaria dores de cabeça fiscais. As moedas latino-americanas são notoriamente voláteis e passíveis de “dolarização”, enquanto a política fiscal e a boa vontade política podem mudar rapidamente de um governo para outro. Como a Venezuela, por exemplo, atualmente suspensa do Mercosul e sofrendo repetidas espirais de hiperinflação, poderia compartilhar uma moeda com o Chile, país conhecido por seu conservadorismo fiscal?

A política econômica é o trade-off entre objetivos concorrentes que vão desde o crescimento e o pleno emprego, até a gestão da inflação e a estabilização da moeda.  Cada um desses objetivos afeta diferentes grupos (e países) de forma diferente; um certo nível de inflação considerado tolerável por um governo pode ser considerado um estado em crise por outro. Na prática, tais compensações são justificadas e gerenciadas a nível local; elas são a essência da política local. Como vimos na zona do euro, no entanto, o que convém a uma potência industrial como a Alemanha pode não ser aceitável para nações dependentes de importação, como Grécia ou Portugal. Tais tensões estão no cerne da união monetária.

LEIA MAIS: O Problema da Fragmentação da Dívida Soberana na Zona do Euro

Esses são apenas alguns dos desafios que Lula e quaisquer outros defensores de uma moeda unificada enfrentarão se ele se tornar presidente reeleito do Brasil e completar a segunda “maré rosa” que está varrendo o continente. No entanto, o próprio fato de ele ter falado sobre o 'Sur' mais uma vez significa que é uma ideia que vale a pena levar a sério por observadores de todos os ângulos.

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Uma moeda regional teria uma lógica econômica perfeitamente louvável e lógica. Como acontece com todos os acordos multissetoriais, no entanto, o diabo estaria nos detalhes.

Últimos comentários

a por favor, se não tem noticiais de verdade parem de criar essa "abobrinha". Parei de ler quando disse que não substituiria as moedas atuais, se não irá substituir não tem pra que criar, se é para unificar tem que ser como euro, fazer com que a economia sul-americana seja uniforme. Mas para isso acontecer precisa de derrubar o ego de muitos "representantes do povo" que só representam seus próprios interesses.
P I A D A
ridículo, nojento, pobre e medíocre obq li!
vindo a ideia de lulaladrao parece piada!! mas mui ruim
Parei de ler em “atual líder das pesquisas de intenção de voto”. Só se tiver mais bandidos do q cidadaos votando seus safados sem vergonha defensores de criminosos!
propinocracia com apoio da banda podre da Faria Lima.
A esquerda está mais preocupado com pautas ideológicas relacionadas ao gênero e orientação sexual do que Economia. Tivemos várias exemplos de como o socialismo/comunismo é o câncer de qualquer nação: Cuba, Argentina, Venezuela, Coreia do Norte, China, Nicarágua e outros que eu poderia citar. O que o Lula quer, é uma moeda sem lastro, para facilitar nos seus desvios e poder usar livremente em outros países sulamericanos para a lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e outros crimes contra o sistema financeiro. Não sei como pode ter gente que acredita nele, principalmente em um aplicativo voltado para investidores.
Me pergunto se a grande maioria que comenta aqui realmente investe, ou só fala asneira pra ter o prazer de incomodar.
creio que seja a segunda opção.
Teoria aliada à utopia, caracteristica de pensadores esquerdistas. Alias, por falar em esquerda, como estao Argentina, Venezuela, Bolivia, e outros sulamericanos da maré “rosa”?
Na visão doente dos esquerdistas estão rumo a igualdade. Todos igualmente fudidos
A estupidez humana segue superando medidas.
kkkkk meu Deus, juntar o Brasil com as economias afundadas da America Latina.... é muito espírito de porco.
O pior é que uma materia dessa é escrita por supostos “especialistas” em mercado
Tão maluco!!!!!?????
Piadista
KkkkkkkKkkkkkkkkkk….
VOCÊS ESTÃO M A L U C O S AO LEVANTAR ESTA BOLA ❗️❗️❗️
Nao, eles sao bandidos msm! Espero q a visao desse esquerdista q escrveu essa asneira nao seja a visao do investing pq se for pode esquecer esse app
Kkkkkkk
O colunista oportunamente se "esqueceu" ou deixou de mencionar propositalmente a situação da Argentina, onde a moeda perdeu todo o valor e da Venezuela, que é mais pobre que o Haiti. Galera da "canhota" quer que o Brasil, que mal para sobre as próprias pernas, sustente os hermanos.
Olá José tudo bom concordo com sua visão de lógica o Brasil não pode ir na onde de outros países da América Latina não porque si não pode ocasionar de afundar ou quebrar literalmente manter a moeda local e mais seguro pra todos. tudo de bom pra você.....
Que coisa absurda, só dá cabeça de um bandido pode vir isto, sustentar Venezuela, Chile, Argentina e sabe quem mais.
horrível. ter que carregar nas costas países como Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile Bolívia, Equador vai custar muito caro para o Brasil. Como aconteceu quando os alemães tiveram que levar nas costas por muito tempo a Grecia , Portugal, Espanha criou uma dúvida sobre a validade de uma moeda única como o Euro.
mostrou-se um PTralha inrustido nessa piada!
"Reportagem" de alta relevância e sem viés político ideológico. Parabéns Investing por perder cada vez mais a credibilidade.
Esse viés politico e polarizado esta sendo um freio para ecomimia e para crescimento. Menos politica e mais ações, qualquer presidente que pegue o Brasil terá desafios internos a se resolver, e uma moeda unificada seria somente uma maneira de salvar países que estão economicamente quebrados e quebrar os que economicamente estão estáveis
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