Temos um vencedor
No M5M de 9 de fevereiro lancei a seguinte enquete, valendo prêmio:
Dentre as opções abaixo, o que vai chegar primeiro a R$ 5,00?
O litro da gasolina
As ações da Petrobras
O dólar
Um copo d’água
E não demorou muito.
No primeiro choque de oferta, eis que temos...
Reforçando que não rolou M5M no Carnaval, portanto desconsiderei os inúmeros relatos do copo d’água acima de R$ 5 durante a folia.
E tampouco aceito a definição de “gourmet”, muito menos para água.
Conforme combinado, acertadores receberiam um video-cassete. Não fosse o bloqueio das rodovias...
E a inflação ó...
O IPCA-15, prévia do indicador oficial de inflação referente a fevereiro, atingiu o maior nível em doze anos, batendo em 7,36%, um tanto acima do teto da meta de inflação.
Teto que não é meta; nunca é demais lembrar.
A propósito, a meta oficial para o IPCA é de 4,5%, mas essa ninguém mais leva a sério.
SuperDilma está em apuros.
E se...
...no Brasil “dos banqueiros”, adotássemos juros zero?
Temos falado quase diariamente da onda mundial de juros excepcionalmente baixos. Diante disso, tenho recebido uma infinidade de questionamentos se essa não seria uma alternativa plausível para estimularmos o consumo interno e voltar a crescer.
Não. Pense no descontrole da inflação, que já está bem acima da meta, e, em segundo momento, na fuga de capitais...
O capital que entra hoje vem em busca de nossos juros de títulos. É capital especulativo, que come o último peru com farofa fora do dia de Ação de Graças do mundo e sai fora.
Precisamos pagar elevado para atrair o investidor estrangeiro; do contrário, ele ficaria em títulos de economias mais estáveis.
Se a taxa de juros nos EUA subir, a tendência natural é de maior atratividade dos títulos norte-americanos, em tese os mais seguros do mundo (AAA), e não o contrário - com o capital investido nas empresas americanas a juro zero vindo buscar as peculiaridades do investimento (especulativo, ou quase isso) tupiniquim.
A farra dos loucos
Hoje, os mercados ao redor do mundo sobem sob uma expectativa, a mesma de ontem, de anteontem: discurso de Janet Yellen, presidente do Banco Central americano, reforça o clima de paciência no processo de recomposição dos juros por lá.
Matéria da Bloomberg chama atenção para a dificuldade dos grandes investidores, fundos com posições de longo prazo em empresas, com histórico de ativismo, em atuar no mercado atual.
Eles reclamam da má performance no cenário atual:
“Gestores dizem que eles não mudaram, o mercado que mudou. O dinheiro fácil dos juros perto de zero artificialmente inflou os preços de ações americanas de baixa qualidade, afirmam, punindo aqueles com foco em negócios de bons fundamentos. Ao mesmo tempo, a escalada incessante de preços nos mercados os deixou com poucas chances para farejar pechinchas ou mostrar o que podem fazer em tempos mais voláteis.”
Faz sentido. Nas festas de arromba,quanto mais insano você for, mais tende a se destacar.
O problema?
A música não dura para sempre.
E se uma incorporadora quebrar?
Nos últimos anos, a subida vigorosa dos preços de imóveis mascarou problemas de custos das incorporadoras. Mesmo assim houve casos de estouro de orçamento.
Agora o cenário mudou. Os estoques elevados e a menor velocidade de vendas refletem nos preços, com o consumidor aguardando rodadas de descontos das incorporadoras.
Mas como anda a solidez das empresas para tocar o ciclo de um empreendimento? Ou melhor, o que acontece se uma incorporadora quebrar?