Feliz ano novo a todos meus amigos que me acompanham aqui!
MENSAGEM:Como postei no meu Instagram, “não espero nada de 2019 e prefiro deixar os sonhos para as padarias”. Agora objetivos tenho aos montes e não vou esperá-los acontecer, vou fazê-los acontecer! Então única mensagem que tenho para passar é: FAÇA um 2019 maravilhoso!
VOLTANDO A REALIDADE: temos uma semana curta de 3 dias, mas intensa!
A POSSE: gostei muito de assistir a cerimônia de posse do agora presidente Bolsonaro. Poderia aqui discorrer do forte apoio popular, da primeira dama que rouba cena, do discurso que mostra que Bolsonaro continua o mesmo da campanha, da excelente equipe de ministros, etc.
Mas a realidade, a meu ver, é que nada disso faz preço! Agora é que são elas e o relógio começa a rodar…tic, tac, tic, tac, tic, tac.
Cada dia conta e é importante. Penso que o primeiro ano do mandato será crucial para que ele consiga se consolidar e governar. Bolsonaro precisa aproveitar o capital político que possui para acelerar em todas mudanças que precisamos. Muitas dessas reformas não são impopulares, são remédio amargo mas que podem conquistar a confiança dos investidores mais céticos precisa ser hábil para conduzir o congresso e sua equipe de ministros, muitos dos quais não tem experiência política e por fim, precisa manter a seu governo longe de qualquer mácula de corrupção.
Penso que é isso, ou seja, ação e mudança efetiva que seja o ingrediente que esteja faltando para que haja uma atração de capital estrangeiro e nossa bolsa possa andar.
Sigo otimista como venho salientando por meses, meu otimismo decorre de:
- Uma equipe de ministerial de primeira.
- Um país que já demonstrou sinais de retomada – melhora da confiança, melhora de indicadores de utilização de capacidade instalada, crescimento ainda tímido, mas já existente, entre outros.
- Ao que tudo indica teremos um ano com taxas de juros baixas.
- Potencial de reprecificação dos ativos brasileiros.
Boa sorte presidente!
MAS TEM QUE COMBINAR COM OS GRINGOS. Mas o meu otimismo dá espaço a razão e de fato o ambiente internacional não tem ajudado com o S&P 500 chegando a acumular queda de 20% até o natal! A boa nova é que talvez, bons ventos estejam surgindo. No curto prazo houve certa recuperação no S&P:
E o índice de volatilidade arrefeceu:
Apesar disso o Ouro segue sua escalada. Seria a fraqueza do dólar, ou o sentimento de perigo que estão empurrando ele pra cima? Mea culpa: eu estava certo, mas não tive paciência em manter a posição. =(
Mas a semana começa pesada com os índices asiáticos em queda após a contração da atividade industrial chinesa. A primeira em 19 meses! Pode isso Arnaldo? Dado veio em 49,7 que é abaixo de 50 (linha vermelha no gráfico abaixo)
Isso é bem ruim porque traz a memória as discussões entre China e EUA. Ou seja, a atividade esta arrefecendo como resultado da Guerra Comercial e a segunda maior economia do mundo crescer menos, não é bom! Mas também tem uma explicação na sazonalidade. Os chineses comemorarão seu ano novo no dia 5 de fevereiro e normalmente antes do seu ano novo a atividade arrefece. A ver.
All in all, esse arrefecimento Chinês tenderia a bater no próprio EUA. Abaixo gráfico dos componentes importados pela China (linha azul clara) e a linha azul escura mostra os pedidos de bens duráveis nos EUA. Se a correlação não falhar, tenderíamos a ver queda na atividade industrial americana? Rola para baixo…
Atividade nos EUA arrefece? Tivemos alguns dados que sugerem isso como o Kansas City Fed manufacturing index, o Richmond Fed index, o Dallas Fed manufacturing index. São indicadores regionais, mas todos apontando para o mesmo lado. Por isso isso será importante observar o PMI da Industria divulgado hoje. Abaixo um gráfico que busca “prever” o PMI a partir desses indicadores regionais. Se estiver certo o normal seria uma bela queda no PMI…
Mas calma…sigo lembrando alguns pontos positivos da economia americana que muitos esquecem:
- A expectativa de crescimento para os EUA ainda roda na casa dos 2,5%
- O arrefecimento com um preço de petróleo mais barato ajuda a controlar as expectativas inflacionarias e requer menor aumento de juros.
- Mercado de trabalho segue forte e confiança do consumidor em níveis recordes.
- Dados de vendas nas mesmas lojas do varejo americano seguem em patamares bastante elevados.
Daria pra citar outros, mas não quero ser enfadonho….
Opinião: Sobre EUA sigo achando que tem muita “espuma”, muita gente doida para acertar a “grande nova crise” após anos de avanço econômico e de valorização em preços de ativos. Sigo achando que falta enxergar bolha, aquele exagero típico de períodos de boom. Citei semana passada que a precificação de ativos andava desconexa da realidade econômica e que os valuations nos EUA já se ajustaram bastante. Em outras palavras, tem coisa barata já por lá! Mas de fato, a questão comercial e seus desdobramentos tem que ser monitoradas. Seguem fazendo um ruído alto no curto prazo.
PRA ACABAR: Enfim não tenho opinião para os juros, a inflação ou o dólar ao fim de 2019. Citei uns 2 meses atras sobre o IBOV em 100 mil. Viram que errei feio! Rs
Então seguirei aqui, semanalmente revisando minhas teses e escrevendo esses meus devaneios semanais. Espero que gostem!
Era isso,
Aquele abs.