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O mercado financeiro brasileiro está prestes a passar por uma de suas transformações mais significativas desde o início dos anos 2000. A partir de 2026, a ANBIMA dará fim às certificações CPA-10, CPA-20 e CEA, substituindo-as por um novo modelo de certificação com foco em competências práticas, atualização constante e aderência real ao dia a dia do profissional de investimentos.
A mudança representa muito mais do que uma atualização de siglas. É um sinal claro de que o setor exige uma nova postura dos profissionais: menos foco em memorizar conteúdo técnico e mais preparo para aplicar o conhecimento em situações reais, de forma ética, contextualizada e orientada às necessidades dos clientes.
O novo modelo da ANBIMA será estruturado em três etapas: uma certificação-base (CPA) e duas trilhas de especialização – CPro-R, voltada ao relacionamento com clientes, e CPro-I, voltada à atuação técnica em investimentos. Além disso, haverá um programa de atualização anual, com conteúdos oferecidos em ambiente digital, exigindo que o profissional continue estudando e se desenvolvendo ao longo do tempo.
Na outra ponta, a PLANEJAR também se adapta. O exame do CFP®, referência internacional em planejamento financeiro, será ampliado de seis para oito módulos. Novos temas entram em cena, como psicologia do planejamento financeiro e fundamentos de finanças criptográficas, refletindo as exigências de um mercado mais complexo e centrado no comportamento do investidor.
Essas mudanças ocorrem em um momento em que o mercado dá sinais claros de maturidade. A quantidade de fundos de investimento cresce exponencialmente, as plataformas abertas se consolidaram, e o investidor pessoa física está mais informado, mais exigente e mais diversificado em seus interesses.
Neste novo ambiente, a certificação deixa de ser um carimbo técnico e passa a representar um compromisso com o aprendizado contínuo. A transição proposta por ANBIMA e PLANEJAR aponta para um futuro em que o conhecimento será cada vez mais dinâmico, aplicado e, principalmente, atualizado.
Profissionais que não acompanharem essa transformação correm o risco de se tornarem irrelevantes. Já quem abraçar essa nova cultura de aprendizagem terá um diferencial competitivo importante — não apenas no currículo, mas na prática.