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Trigo Entra na Mira dos Traders de Commodities, Após Índia Proibir Exportação

Publicado 17.05.2022, 09:33
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os investidores de commodities que não estão contentes com a volatilidade do petróleo podem encontrar uma matéria-prima com projeção de movimento direcional mais prolongado: o trigo.

O grão atingiu seu limite de alta diária no pregão de segunda-feira em Chicago, em resposta à proibição da Índia à exportação do cereal à maioria dos países na sexta-feira, o que deve fazer com que o produto registre novas máximas recordes acima de US$ 13 por bushel em breve, com base nos fundamentos e no desbalanceamento entre oferta e demanda.

E a alta do trigo pode durar um bom tempo, com os preços se firmando na região de US$ 12, abrindo espaço para a superação de US$ 15, de acordo com a análise técnica.

Trigo diário

Gráficos: cortesia de skcharting.com

O contrato futuro do trigo nos EUA já atingiu o recorde de US$ 13,40 por bushel em 4 de março, após a invasão da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro, virando o mercado do grão de cabeça para baixo. Antes disso, a Rússia e a Ucrânia costumavam fornecer cerca de 30% do trigo mundial, graças aos seus vastos e férteis campos na região do Mar Negro, conhecidos como “cestos de pães do mundo”.

Apesar do déficit de oferta, o trigo de Chicago caiu abaixo de US$ 10 por bushel em 4 de abril, exatamente um mês depois da máxima recorde, diante de sinais de algum alívio nos embarques do Mar Negro, apesar da guerra na Ucrânia.

A proibição imposta pela Índia fez o mercado assumir uma trajetória diferente. O embargo foi anunciado enquanto ondas de calor dizimavam as plantações de trigo no segundo maior país produtor do mundo, responsável pela oferta de 107,59 milhões de toneladas em 2020. Esse volume é superior aos mais de 85,9 milhões de bushels exportados pela Rússia e os 24,9 milhões embarcados pela Ucrânia naquele ano, embora as duas nações cumulativamente tenham respondido por 110,8 milhões de bushels de oferta mundial, contra 134,25 milhões da China.

A Índia previa exportar um recorde de 10 milhões de toneladas de trigo em 2022-23, após os países importadores recorrerem a Nova Déli para fechar a lacuna deixada pela Rússia e a Ucrânia. Mas, depois que temperaturas recordes acima de 50°C prejudicaram a safra em todo o país, o governo indiano foi forçado a reconsiderar sua posição.

A Secretaria Geral de Comércio Exterior da Índia, no entanto, fez concessões na segunda-feira, dizendo que as exportações ainda seriam permitidas para países que precisam do trigo para garantir sua segurança alimentar. Todos os outros novos embarques seriam proibidos, afirmou o órgão.

“A nova proibição acentua a restrição de oferta no mercado mundial, considerando que a Índia era uma alternativa à Rússia e à Ucrânia em meio ao conflito vigente”, disse Jack Scoville, analista-chefe agrícola do Price Futures Group, em Chicago.

No pregão de segunda-feira, o trigo vermelho macio de inverno negociado no mercado futuro de Chicago atingiu o limite máximo de alta de 70 centavos, fechando a US$ 12,47. A partir de terça-feira, o limite de negociação subirá 35 centavos, para US$ 1,05, afirmou o CME Group, que administra a bolsa de Chicago.

No acumulado do ano, o trigo de Chicago registra alta de 62%, fazendo com que todos os itens produzidos a partir da matéria-prima fiquem mais caros, como pães e bolos, no momento em que a inflação nos EUA está nas máximas de 40 anos.

Trigo semanal

Os gráficos indicam que US$ 15,50 pode ser uma extensão da máxima para o trigo em Chicago, segundo o analista técnico Sunil Kumar Dixit.

“Se o trigo mostrar força acima de US$ 12, pode facilmente avançar para US$ 12,80 e retestar a máxima recorde de US$ 13,40”, afirmou Dixit.

“Uma consolidação acima da zona de oferta de US$ 13,00-13,40 pode fazer o trigo futuro ser negociado na faixa de US$ 14,50 a 15,50 por um longo período.”

“A perspectiva mais ampla é bastante otimista e prevejo uma forte possibilidade de vermos novas máximas nas próximas semanas”, acrescentou.

Trigo mensal

Mas se, por qualquer motivo, o mercado recuar abaixo de US$ 11, pode acontecer um recuo acentuado, alerta Dixit.

“As projeções são uma advertência de que a perda de US$ 11,00 pode fazer o trigo testar a média móvel exponencial de 50 dias a US$ 10,75 e a média móvel simples de 100 dias a US$ 9,65”, declarou.

Para evitar uma quebra da tendência de alta, Dixit disse que os preços do trigo precisam se firmar acima de US$ 12.

“Uma fraqueza abaixo de US$ 12 pode empurrar o trigo para US$ 11,50, e a perda de US$ 11 geraria um sinal de alerta para a invalidação do atual rompimento altista”.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

 

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