FLRY3: Ações da Fleury viraram Black Friday?
Estamos acompanhando a relação entre o desempenho acumulado no ano do S&P 500 e a média dos últimos dez anos (gráfico). Em 2025, o índice mostrou volatilidade bem superior à média histórica e superou essa referência em cerca de cinco pontos percentuais desde o início de agosto. Isso levanta a questão: o tradicional “rali de Natal” teria começado mais cedo e já terminado? Historicamente, nos últimos dez anos, esse movimento sazonal adicionou em média cerca de quatro pontos percentuais aos ganhos do S&P 500 durante novembro e dezembro.
Crédito e bancos regionais voltam ao foco
O comportamento do mercado nas próximas semanas dependerá em grande parte da percepção dos investidores sobre o crédito. Na semana passada, pouco antes do Halloween, o setor foi abalado pela notícia de que o Zions Bancorp registrou uma baixa contábil de US$ 50 milhões no terceiro trimestre relacionada a ações judiciais contra dois clientes. As ações bancárias recuaram fortemente na quinta-feira, lideradas pelo KBW Regional Banking ETF (gráfico).
Além disso, aumentaram as preocupações com o mercado de crédito privado desde que a First Brands entrou com pedido de recuperação judicial (Capítulo 11) em 29 de setembro de 2025, revelando passivos entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões e ativos na faixa de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões. Os ETFs que acompanham o desempenho desse segmento despencaram em setembro e agora operam abaixo dos níveis observados nos chamados “Dias de Aniquilação”, que sucederam o “Dia da Libertação”, em 2 de abril.
Por outro lado, os ETFs de títulos corporativos de alto rendimento e grau de investimento vêm mostrando resiliência ao longo do ano, assim como os fundos que acompanham empréstimos sêniores (gráfico).
Risco sistêmico segue limitado
Não esperamos que as recentes tensões no crédito evoluam para um risco sistêmico de grande magnitude ou para uma crise generalizada de liquidez, fatores que historicamente precederam recessões. Os dados do Fed sobre provisões para perdas em empréstimos de bancos comerciais permanecem estáveis até o momento (gráfico), o que reforça essa visão.
Lucros corporativos seguem sustentando o mercado
O desempenho dos lucros por ação das companhias do S&P 500 continua robusto. As empresas superaram as expectativas de forma expressiva nos dois primeiros trimestres do ano (gráfico), e há expectativa de nova surpresa positiva no terceiro trimestre. Analistas projetam avanço anual de 6,7%, mas nossa estimativa aponta para um crescimento de 10%.
O lucro por ação projetado do S&P 500 atingiu na semana passada novo recorde histórico, de US$ 297,27, aproximando-se rapidamente da estimativa consensual para 2026, atualmente em US$ 304,55, nível que deve ser alcançado até o fim do ano (gráfico). O múltiplo P/L projetado, calculado com base nos lucros futuros, está em 22,4 vezes.
Já a recuperação dos lucros à frente para os índices S&P 400 MidCaps e S&P 600 SmallCaps segue modesta em comparação com o S&P 500 (gráfico).
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