Ibovespa avança acompanhando exterior; Fleury cai mais de 4%
- O rali do ouro perdeu fôlego em US$ 4.380, após uma queda intradiária de US$ 195 que estimulou a realização de lucros.
- Um corte de juros pelo Fed na próxima semana pode reacender o movimento de alta, mas a região dos US$ 4.000 ainda permanece no radar.
- Enquanto os compradores mantiverem o controle da linha de tendência, o caminho em direção a US$ 5.000 continua aberto.
O ouro renovou recordes sucessivos na semana passada antes de atingir um pico em US$ 4.380 na sexta-feira. A partir daí, o metal caiu US$ 195 no intraday, chegando momentaneamente abaixo de US$ 4.200, antes de uma leve recuperação que marcou um início mais cauteloso das negociações desta semana. O movimento de alta contínua indicava ausência de pressão vendedora até a realização de lucros na sexta-feira, algo esperado, dada a condição de forte sobrecompra. Ainda é cedo para afirmar se o rali chegou ao fim, embora o candle de reversão no topo aponte para uma possível pausa. Uma correção até a faixa de US$ 4.000 seria natural antes de nova consolidação ou retomada do avanço. Vale lembrar, porém, que o ouro tem emitido diversos falsos sinais de topo durante esse ciclo altista, o que exige prudência especialmente de quem opera vendido.
O que observar nesta semana
A agenda desta semana será intensa em balanços corporativos, enquanto o calendário macro tende a permanecer mais contido devido à paralisação do governo dos EUA, que tem atrasado a divulgação de dados. Ainda assim, o IPC americano, referente a setembro, deve ser divulgado na sexta-feira (24), com projeção de alta mensal de 0,4% no índice cheio e 0,3% no núcleo. Caso esses números se confirmem, o mercado reforçará as apostas em um corte de juros na próxima reunião do FOMC, o que tende a sustentar as cotações do ouro. No entanto, a inflação deve ter impacto limitado no câmbio e, por consequência, no ouro, já que o foco do Fed se deslocou para o mercado de trabalho. Ainda assim, leituras muito acima ou abaixo das expectativas podem provocar volatilidade relevante. Fora dos EUA, o IPC do Reino Unido (quarta-feira) e os índices globais de gerentes de compras (PMIs) na sexta-feira também podem afetar o dólar e, por extensão, o metal precioso.
Fatores que sustentam o rali do ouro
A trajetória de alta do ouro neste ano tem sido notável e, até sexta-feira, sem sinais de esgotamento. O movimento é amparado por expectativas de compras contínuas por bancos centrais, o que leva traders a se posicionarem antecipadamente. As apostas de que o Fed cortará juros mais duas vezes ainda em 2025 e reduzirá mais 75 pontos-base em 2026 reforçam a perspectiva de queda nos rendimentos dos Treasuries e de fraqueza do dólar. Além disso, o apelo de ativo de refúgio tem beneficiado quase exclusivamente o ouro, diante da reintensificação das tensões comerciais entre EUA e China nas últimas semanas, o que levou investidores a buscarem proteção fora da renda variável.
Ouro pode chegar a US$ 5.000?
Apesar do risco de correção, a força do movimento e a pouca profundidade das quedas indicam que o mercado não espera uma reversão abrupta. A tendência precisa enfraquecer antes de se inverter, o que mantém os compradores firmes em suas posições. Com o nível de US$ 5.000 a menos de US$ 700 de distância, não seria surpresa ver o ouro atingir essa marca mais adiante. Ainda assim, uma correção mais ampla parece necessária para eliminar posições especulativas e atrair novos compradores em busca de oportunidades de entrada. Se a sexta-feira marcou o ponto de virada, será preciso observar continuidade da pressão vendedora, o que ainda não se confirmou nas negociações desta segunda.
Análise técnica e níveis de suporte e resistência
Do ponto de vista técnico, a tendência do ouro permanece claramente altista. As rupturas sucessivas de máximas históricas, os recuos rasos e as médias móveis ascendentes reforçam o viés de alta. Entretanto, indicadores de momentum, como o índice de força relativa (IFR), mostram níveis de sobrecompra históricos, que costumam anteceder fases de consolidação ou correções pontuais. O recuo abrupto de US$ 195 na sexta-feira pode ter sido esse movimento corretivo, já que quedas rápidas em mercados fortemente comprados tendem a ser aproveitadas para novas compras.
Enquanto o padrão de topos e fundos ascendentes permanecer, o caminho de menor resistência segue sendo o da alta. Apenas uma quebra dessa estrutura indicaria reversão técnica.
No curto prazo, os suportes mais próximos estão em US$ 4.200 e US$ 4.180; abaixo deles, as próximas referências aparecem em US$ 4.059, US$ 4.023 e US$ 4.000. Na ponta superior, os alvos estão em US$ 4.300, US$ 4.400 e US$ 4.500, com atenção especial à máxima recente de US$ 4.380.
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